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O Espírito Santo perdeu ontem (09) o empresário Erling Lorentzen, fundador da maior empresa do mundo em seu setor, a Aracruz Celulose (atualmente Suzano). A coluna de hoje, em colaboração com Luan Sperandio, é uma homenagem ao homem cuja visão ajudou a impulsionar o desenvolvimento econômico do Espírito Santo, elevar o mercado de capitais brasileiro e na preservação ambiental do planeta.
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Nascido em Oslo em 1923, a trajetória de Erling Lorentzen ajudou a escrever capítulos na história mundial. Lutou na Segunda Guerra Mundial, formou-se em Harvard e foi responsável pela evolução na forma de se fazer negócios no Brasil e no mundo.
Erling veio ao Brasil inicialmente em virtude dos negócios que sua família tinha no país. Porém, enxergou uma terra de oportunidades, e tratou de “mover o mundo”.
Investiu no setor de gás a partir da aquisição da Esso, abriu a Norsul, companhia de navegação e, posteriormente, abriu a primeira indústria de processamento de celulose em linha do Brasil. Isso em um período em que o segmento industrial ainda ganhava tração no país e era alvo de muitas desconfianças diante de projetos considerados ambiciosos.
Duas décadas depois, a Aracruz Celulose, que deu origem à Fibria e foi incorporada pela Suzano em 2019, se tornou a primeira empresa brasileira a ser listada na Bolsa de Valores de Nova York, inaugurando uma nova fase para o mercado de capitais brasileiro: a partir de padrões internacionais, as companhias passaram a ter um nível de governança mais acurado.
Erling foi além: não poupou esforços e investimentos em busca de inovações para mitigar os impactos ambientais, consumo de água e as pegadas de carbono na produção. Em tempos em que investidores e o mercado estão cada vez mais preocupados com o Environmental Social Governance (ESG), a Aracruz Celulose participou desde o início do Índice de Sustentabilidade Dow Jones, criado em 1999!
Suas ações foram muito além de sua empresa: por entender a importância de engajar-se na sociedade civil organizada, foi um dos pioneiros da criação do Business Council for Sustainable Development; notabilizou-se na ECO-92 a partir de propostas para reduzir o impacto ambiental do setor produtivo e que, na sequência, foram adotadas; e incentivou estudos que criaram novos padrões de qualidade e de atuação da indústria no Brasil e no mundo.
Além disso, Lorentzen auxiliou no desenvolvimento da região turística de Pedra Azul. Latifundiário da região, desenvolvia atividades agrícolas e de ecoturismo em suas propriedades. O Fjordland, por exemplo, pertencia a ele.
Erling Lorentzen merece o selo de bom capitalista honorário. O Espírito Santo perde um Atlas, daqueles homens responsáveis por mover o mundo.
Diante do Dia Internacional da Mulher, diversas empresas da capital se uniram para organizar uma homenagem especial em evento realizado no Aleixo Restaurante.
A sócia-fundadora da Adcos Ada Mota falou sobre o desafio e a busca do equilíbrio de ser mãe, empresária e mulher. Já a sócia-fundadora da Multivix Brunella Bumachar contou sua trajetória e ressaltou a importância da busca pela autonomia financeira a partir de investimentos, especialmente diante do atual cenário de juros baixos.
O evento contou ainda com apresentação da sócia-fundadora da Behappier Flávia Veiga, que fez um emocionante relato de sua trajetória e falou da importância de se ter consciência sobre o que de fato é ser feliz.
“Foi uma oportunidade especial de aprender valiosas lições com grandes referências”, destacou Antônia Chieppe, analista de distribuição da Apex Partners e que foi responsável pela mediação dos painéis.
O evento foi uma realização da Duett, loja de roupa feminina, Carolina Neves, do mercado de jóias, da agência Seventur Viagens e pela casa de investimentos Apex Partners.
Entre as mulheres que prestigiaram o evento, estava a vice-prefeita de Vitória Capitã Estéfane.
O evento seguiu todos os protocolos de segurança sanitária que o momento exige.
A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) lamentou o falecimento de Erling Lorentzen, pioneiro e visionário do setor de árvores cultivadas. Para Paulo Hartung, presidente da Ibá e ex-governador do Espírito Santo, o exemplo de Lorentzen de empreendedorismo, busca por sustentabilidade, visão empresarial, representa um marco importante não só do setor, mas também para o Brasil e para a indústria mundial de celulose.
Em nota de pesar, a presidente da Findes Cristhine Samorini manifestou pesar pelo falecimento do fundador da Aracruz Celulose e destacou que sua trajetória em defesa da sustentabilidade permanecerá como uma inspiração para as atuais e futuras gerações.
No dia 13 de março, uma faculdade em Vila Velha promove o Seminário de Direito Médico e Saúde Suplementar, com participação de Nésio Fernandes, Secretário de Saúde do ES, Eduardo Amorim, advogado e Presidente da Comissão de Direito Médico da OAB/ES; Dr. Celso Murad, Presidente do CRM-ES; e Dr. Mário Lins, Presidente do CRM-PE.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória