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O Indicador de Atividade Econômica do Ideies/Findes, que antecipa o resultado oficial do PIB, aponta que a economia capixaba cresceu 0,3% no 4º trimestre de 2020, e encerrou o ano com queda de 4,4%, contra a retração de 4,1% da economia brasileira. Frente à pandemia do coronavírus, nenhum grande segmento econômico apresentou crescimento em 2020. Confira a análise completa, setor a setor, a seguir.
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Mesmo com a retomada no final de 2020, a indústria foi a o componente do PIB que mais apresentou queda (-12,8%), influenciada pelos resultados dos meses mais críticos da pandemia.
Esse resultado foi puxado pela retração da indústria extrativa (petróleo, gás e pelotização) que possui o maior peso dentro do resultado da indústria e também teve a maior queda: -22,8%.
O mercado de petróleo observou uma redução de demanda histórica em 2020– quem acompanha o mercado pode se recordar do barril negociando a valores negativos nas bolsas internacionais.
De outro lado, a indústria de transformação cresceu 18,5% no 4º trimestre de 2020, acima do nível pré-pandemia, e fechou o ano praticamente estável, com queda de -0,3% em 2020.
O segmento industrial de transformação de maior destaque no ES foi o de celulose e papel, que apresentou crescimento de 21,6% em 2020.
O setor de papel e celulose teve bom desempenho a nível global e, no Espírito Santo, recebeu novos investimentos protagonizados pela Suzano, que alocou quase R$ 1 bilhão em expansão das atividades no ES e gerou centenas de empregos.
A construção civil apresentou uma vigorosa retomada no último trimestre de 2020, com uma alta de 40,1% na comparação com o trimestre anterior, mas não conseguiu reverter o resultado no ano.
De qualquer forma, o resultado do setor não pode ser considerado negativo no ano da pandemia.
A construção civil foi um dos setores mais resilientes durante a pandemia e está impulsionando a retomada econômica do país, seja pela geração de empregos, seja pelo investimento e desenvolvimento. Segundo o Caged, o setor de construção foi o que mais gerou empregos no Brasil em 2020, com mais de 112 mil vagas.
O setor de serviços, que corresponde a 54,2% da economia capixaba, apresentou uma leve queda de -2,7%. Comércio, atividades imobiliárias e atividades financeiras tiveram impacto positivo no resultado do PIB do de serviços. A agropecuária capixaba teve recuo de -4,6%, em linha com o resultado geral do PIB.
O PIB dividido pela quantidade de habitantes do Espírito Santo, ou seja, a riqueza gerada em média por cada capixaba, ficou em R$ 31,1 mil em 2020, contra R$ 33,2 mil em 2019– uma queda de 6,3%.
Apesar dos inegáveis efeitos da pandemia sobre a produtividade, não se pode deixar de notar que o PIB per capita do ES em 2012 figurava R$ 38,6 mil (em valores corrigidos), e, em 2020, acumulou uma queda de aproximadamente 19% com relação a esse ano.
É fato que essa queda na riqueza produzida por pessoa acompanhou a derrocada do índice nacional, que caiu de R$ 36,3 mil em 2012 para R$ 31,1 mil em 2020. Entretanto, 2019 foi o primeiro ano desde a série iniciada em 2012 que o PIB per capita capixaba esteve abaixo da média nacional e, em 2020, a diferença aumentou.
Com exceção do setor de agropecuária do Brasil, todas as demais atividades econômicas, seja do estado seja do Brasil, apresentaram perdas em 2020
Estável no ES na base anual, a produtividade do trabalho no Brasil teve alta de 4,2% em relação a 2019 e está associada à redução da população (7,8%) ocupada em 2020, afetada pelos efeitos da pandemia.
2020 foi o segundo ano consecutivo de queda do PIB capixaba, segundo o IAE/Findes. Em 2019, o indicador encolheu 1%.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória