Com foco no segmento premium, Ford recebe lançamentos no ES
As agritechs, startups com foco no agronegócio, estão em plena expansão no Brasil. Pesquisas recentes mostram que já são quase 2 mil empresas focadas em resolver problemas no campo por meio de tecnologias escaláveis. Mais do que apenas gerar tecnologias para dentro das porteiras, as startups também têm auxiliado em toda cadeia do agronegócio. No Espírito Santo, onde o café se destaca na indústria do agro, Adriano Salvi, Lucas Faria e Telmo Baldo desenvolveram uma solução tecnológica para conectar agentes e gerar valor na cadeia do café. Entenda mais a seguir.
*com Stefany Sampaio, titular da coluna Agro Business, que estreia em abril na Rede Vitória. A coluna Agro Business é parte do Folha Business, maior veículo de comunicação sobre negócios do Espírito Santo.
Fundada em 2019 pelos sócios Adriano Salvi, Lucas Faria e Telmo Baldo, a startup surgiu com o objetivo de conectar diretamente o produtor de café especial aos torrefadores no exterior por meio de uma plataforma digital que permite a compra direta.
“Comecei a enxergar diversas ineficiências na comercialização dentro do mercado de café tradicional, muita perda de valor ao longo da cadeia. Era muito produtor mal remunerado e recorrendo à informalidade”, relata Salvi.
Foi em meio a esse cenário que há 2 anos, após conhecer mais sobre o mercado de cafés especiais, a equipe viu que o café com altas pontuações era um produto completamente diferente e que não poderia seguir a mesma lógica de mercado dos cafés commodities.
Hoje a plataforma conta com mais de 400 produtores de café arábica do país cadastrados. Sendo uma ponte para melhoria das chances de venda dos cafés brasileiros, pois faz as ofertas de amostras de acordo com a necessidade do torrefador estrangeiro.
Entre 2019 e 2020, eles obtiveram um aumento de cerca de 400% no volume exportado, com expectativa de finalizar a safra atual com cerca de 200 mil euros (aproximadamente R$ 1,2 milhão) de valor total transacionado na plataforma.
A tecnologia da startup, garante maior transparência nas negociações, estabelece parcerias comerciais de longo prazo, diminui o número de intermediários e assegura a identidade dos produtores, que têm seu café descrito de maneira a valorizar a origem e as notas sensoriais.
Muito além de levar os cafés brasileiros para fora, eles acreditam que é preciso usar tecnologia como ferramenta de conexão. Sem essa ponte o contato com mercado externo só acontece se os torrefadores viessem visitar o Brasil, o que esbarra ainda em dificuldades logísticas, línguas diferentes, falta de conhecimento técnico sobre exportação para produtores de pequena escala.
“Reduzimos o número de intermediários do fluxo comercial e consolidamos a logística de modo que, mesmo os pequenos produtores, tenham a oportunidade de enviar seu café ao exterior e terem lucro de 2 a 7 vezes o valor do mercado tradicional. Tudo isso, sem se preocupar com questões legais e logísticas.” reforçam os sócios.
A startup anunciou que recebeu um aporte de 1 milhão em seed-money e que pretende aumentar, ainda em 2021, o volume de vendas, através da expansão para produtores de médios e grande porte. Além disso, tem como aposta para 2022 a comercialização também de cafés colombianos pela plataforma.
Produtores de cacau podem se inscrever no 3º Concurso Nacional de Qualidade de Cacau Especial do Brasil. As inscrições podem ser feitas até 30 de junho de 2021 neste link: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/ceplac/eventos/iii-concurso-nacional-de-qualidade-de-cacau-especial-do-brasil
As exportações dos Cafés do Brasil no mês de fevereiro de 2021 foram equivalentes a 3,3 milhões de sacas de 60 kg, volume 9% maior do que o exportado em fevereiro de 2020.(Consórcio Pesquisa Café)
O café arábica produzido na região do Caparaó capixaba conquistou o registro inédito de Indicação Geográfica (IG) na categoria de Denominação de Origem (DO) concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
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