Plataforma capixaba conecta freelancers a oportunidades de emprego
Ontem (18) apresentamos o evento de posse da nova gestão 2021/22 do IBEF-ES, instituto que reúne executivos de mercado financeiro capixaba. O evento trouxe como palestrantes Rafael Furlanetti, capixaba Diretor Institucional da XP Inc., e Caio Megale, Economista Chefe da XP Inc. Os executivos da XP falaram sobre o tema “Oportunidades e desafios para 2021 e o mercado de capitais”. Confira os principais destaques a seguir.
Acompanhe os bastidores do Mundo Business no Instagram e no WhatsApp
O capixaba e sócio da XP Investimentos Rafael Furlanetti iniciou sua fala no evento de posse da nova gestão do IBEF-ES destacando o papel dos empresários na construção de um modelo de Estado mais eficiente.
“Estamos aqui tratando da união do profissional de finanças brasileiro. Fico orgulhoso que nosso estado é exemplo em gestão fiscal, e tem como tradição a participação do empresário e do cidadão em torno de políticas públicas. E isso faz o estado ser diferente”.
Em sua fala, Furlanetti explicou os fatores que impulsionaram o mercado de capitais em meio à pandemia, dentre eles o excesso de liquidez.
“Durante esse período houve operações significativas no mercado de capitais. Realizamos a abertura de capital do Grupo Soma, dono de redes varejistas de vestuário. Nos EUA, a Boeing emitiu US$ 25 bilhões em títulos de dívida e uma empresa aérea mexicana captou US$ 400 milhões em dívidas. Razão disso é que os EUA emitiram o equivalente a 20% de sua base monetária durante a pandemia e o mundo teve excesso de dinheiro nas mãos buscando onde alocar”.
O sócio-institucional da XP ainda destacou os impactos desse boom de investidores na bolsa brasileira.
“Com juros baixos, os brasileiros tiveram necessidade de investir melhor, e eles estão se acostumando com a volatilidade da bolsa. Com mais investimentos sendo realizados, mais empresas entram no mercado de capitais, o que possibilita a diversificação da bolsa brasileira. Há muito peso de commodities no índice, mas empresas de tecnologia como Locaweb e Méliuz sinalizam a diversificação”.
Já Caio Megale avaliou em sua fala as estratégias de combate à pandemia que o Ministério da Economia adotou há um ano, quando ele era assessor do Paulo Guedes.
“Era uma resposta diferente a uma crise econômica normal, pois nelas você estimula as pessoas saírem de casa. Ao fim, percebemos que governos de todo o mundo adotaram medidas dentro de três pilares: transferência de renda, políticas de emprego e facilitar acesso ao crédito”.
O novo modelo de governança do IBEF-ES traz três conselhos e uma diretoria executiva. O Conselho é presidido por Paulo Wanick, Diretor de Finanças, Estratégia & Riscos e Tecnologia da Informação da ArcelorMittal Brasil, além de composto por Paulo Henrique Correa, Alecsandro Casassi, Alessandro Dadalto, Fernando Cinelli e Jaluzza de Araújo. O diretor executivo é Marcelo Mendonça.
Em seu discurso de posse como presidente do IBEF-ES, Paulo Wanick, destacou os desafios e os valores que vão guiar as ações do IBEF nos próximos dois anos.
“Enormes são os desafios postos para serem enfrentados pela comunidade empresarial e diversas são as competências para unir pessoas e empresas em prol de um objetivo comum, de melhorar a qualidade de vida e o desenvolvimento da sociedade”.
Wanick ainda destacou o propósito do IBEF-ES em torno do ambiente de negócios da Grande Vitória e do interior do Espírito Santo. “Juntos somos mais fortes para construir ambiente de negócios baseado na integridade das relações público-privadas e iniciativas para atrair novos negócios e atração de novos líderes empresariais e financeiros”.
“Nosso fundo soberano que recebe parte das receitas de royalties. Esse fundo tem um saldo de R$ 430 mi e terá a função na atratividade de negócios para o ES. Disso, 60% será utilizado na aquisição de participações em empresas. As empresas investidas serão escolhidas por gestoras de private equity”.
“Diferente de outros estados, temos a postura de defender os incentivos fiscais. Estamos defendendo no Congresso uma prorrogação do prazo dos nossos incentivos fiscais”, pontuou o Secretário da Fazenda, enfatizando a postura diferente da adotada por outros estados.
“Nossa boa situação fiscal permite ter recursos para investir e atender as pessoas. Em 2020 foram R$ 1,6 bilhão em investimentos”, destacou Rogélio.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória