Mar 2021
26
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Cafeicultura projeta resultados positivos para safra 2021 no ES

Apesar dos desafios de 2020, os números do café foram considerados extremamente positivos no Espírito Santo e no Brasil. Favorecido pela taxa do dólar e pelos bons níveis das bolsas de NY e Londres, em 2020, o Brasil registrou o maior recorde da história de exportação de arábica, de conilon e de café solúvel (onde a matéria prima é praticamente 100% grãos de conilon), com ótima remuneração para os produtores tanto no arábica quanto no conilon.

“Isso comprova a capacidade dos nossos produtores de atender o mercado interno e externo com quantidade, produtividade e qualidade”, destacou Márcio Ferreira.

Em 2021, os primeiros meses já apresentaram o grande potencial de o estado ter uma nova safra acima da média.

Segundo Relatório divulgado pelo Centro do Comércio de Café de Vitória, o mês de fevereiro registrou a segunda melhor parcial mensal de café conilon desde o ano de 1999, com um total de 300 mil sacas exportadas, uma alta de 40% em relação ao volume exportado em fevereiro de 2020.

A receita total de exportação de conilon em fevereiro deste ano foi de 26 milhões de dólares, 45% superior à receita exportada no mesmo mês em 2020. Seu preço médio foi de 85 dólares por saca, uma leve alta com relação a um ano atrás. Em relação a janeiro deste ano, o conilon revelou um incremento de 25% no volume exportado.

Em entrevista à coluna, Márcio Ferreira, presidente do CCCV, afirmou que o mercado trabalha com a expectativa de 14 a 14,5 milhões de sacas de Conilon no ES e 6 a 6,5 milhões para os outros estados, volume bem acima das estimativas da CONAB.

Via de regra a cada safra as exportações e consumo interno somados, sempre demonstram volumes bem superiores aos previamente estimados pela CONAB.

Já para a safra de arábica no Brasil, segundo o CCCV, o mercado projeta uma quebra de 30% a 35% após a super safra de arábica 2020 estimada pelo mercado acima de 50 milhões de sacas.

Entre os fatores que influenciam estão a bienalidade negativa, o stress das lavouras após a safra recorde e problemas climáticos que atingiram as principais regiões produtoras, fatores que levaram o produtor, de forma inteligente, a aumentar substancialmente o percentual de recepa em suas lavouras, a fim de que descansem na safra 21/22 e sejam preparadas para uma ótima safra em 22/23.

Portanto, apesar da quebra substancial no arábica na safra 21/22, o mercado trabalha com um grande excedente da safra 20/21, o que se comprova pelos estoques atuais bem acima do que havia na mesma época no ano passado.

“Há bastante café comprado principalmente nas mãos dos exportadores e cooperativas como se verifica em seus armazéns e também uma boa parcela nas mãos dos produtores, o que alivia a redução na oferta de arábica para a próxima safra. Teremos um quadro apertado, porém com volume suficiente para atender a demanda tanto de arábica quanto de conilon”, afirma Márcio.

Especificamente quanto ao conilon, o Brasil já não é tão competitivo em relação aos Vietnam como era no ano passado, o que pode, a continuar essa tendência, beneficiar a indústria brasileira com maior oferta no mercado interno.

Cafeicultura do Espírito Santo e do Brasil devem viver momentos diferentes em 2021

Segundo um estudo divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de café do Espírito Santo e do Brasil devem viver momentos diferentes em 2021. Enquanto o país deve apresentar um quebra substancial no arábica, o conilon tanto no Espírito Santo e nos demais estados produtores desta variedade, projeta um crescimento em relação à safra anterior.

A Conab estima a produção total ( arábica + conilon )  entre 43,8 milhões e 49,5 milhões de sacas, portanto uma redução entre 30,5% e 21,4%, em comparação com a safra passada. Para, o Espírito Santo projeta uma produção total acima da média. A expectativa para o estado está entre 12 milhões e 14,9 milhões de sacas, dos quais 9 milhões a 11,3 milhões de sacas serão para o conilon.

O mercado acompanha essas estimativas de quebra no arábica e alta no conilon, porém como dito antes os números estimados são bem acima dos números da CONAB, e assim segue prevendo para o ano safra um bom volume tanto na exportação quanto no mercado interno, como já mencionado anteriormente.

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