Maio 2021
25
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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"Sou 'cria' da Ufes e tenho orgulho disso", diz Brunella Bumachar

Mundo Business: Falando sobre a sua trajetória, como você começou a trabalhar?

Brunella Bumachar: Tinha 13 anos quando fazia curso de inglês em Cachoeiro de Itapemirim e fui convidada a dar aula para crianças. Foi meu primeiro emprego e sem carteira assinada. Com relação aos estudos, sempre soube que gostaria de cursar engenharia, segui na área e tive um escritório de cálculo estrutural.

MB: Como foi a sua entrada no mundo acadêmico, como professora?

BM: Em algum momento, me aproximei da academia, comecei a ministrar aulas na Ufes até me aposentar. Eu sou “cria” da Ufes e me orgulho disso. As universidades federais estão passando por uma fase ruim, recebendo menos verba. Quem conhece de perto o número de professores, pesquisadores e o investimento que o país já fez, fica triste pelo o que acontece na educação pública superior no Brasil. As federais poderiam ser uma alavanca para desenvolvimento do país.

MB: Como foi o início da fundação da Multivix?

Quando Paulo Renato era Ministro da Educação [governo FHC], permitiu a criação de Instituição de Ensino Superior com fins lucrativos, o que era um tabu. E eu e um grupo de professores da Ufes tivemos um insight de começar um projeto de faculdade e submeter ao MEC. A grandeousadia foi tentar abrir “de primeira” cursos nas três áreas de conhecimento: humanas, tecnologia e saúde. Com muito pouco dinheiro, fundamos a faculdade carregando a credibilidade de professores da Ufes.

MB: Após a estruturação da então Univix, como foi a evolução da faculdade?

BM: Expandimos para o interior pois sabíamos da dificuldade das pessoas virem para a capital. Tivemos a sorte de surfar um momento bom da economia naquela época e soubemos aproveitá-lo. Há três anos entramos na educação a distância, uma área que vamos expandir com mais rapidez que o ensino presencial. Durante a pandemia, as pessoas se acostumaram a trabalhar e estudar a distância e essa cultura se estabeleceu.

MB: Quais foram os princípios importantes para que seus negócios dessem certo?

BM: Honestidade, sinceridade e transparência: não só na vida pessoal mas também profissional. Sem clareza, você não consegue evoluir e transmitir otimismo e energia para os demais. Nas empresas, essa é considerada uma boa prática de governança corporativa. Também vale citar a empatia com as necessidades das pessoas, sejam sócios, alunos ou demais stakeholders. E o respeito ao meio ambiente. A sigla ESG [Environmental, Social Governance]  é nova mas os valores são antigos.

Preservação de células troco do dente de leite: conheça a startup de Brunella Bumachar

MB: Recentemente, você tem se dedicado ao investimento em startups e têm contribuído muito para o ecossistema de inovação do Espírito Santo. Como foi mais essa virada na sua carreira?

BM: Comecei a R-Crio em 2015, uma startup que tiramos do zero e não tinha garantia nenhuma de sucesso. É uma empresa que preserva células-tronco do dente de leite por meio de criogenia, que surgiu do meu interesse em inovação ligada à educação e pesquisa.

MB: Como você se tornou referência de investidora para empreendedores?

BM: Por ter sido professora de 6 mil engenheiros e contato com alunos na Multivix, comecei a ser procurada para dar apoio a projetos. Hoje, o número de startups apoiadas é grande e é um negócio que exige uma equipe para assessorar. Diversos empreendedores capixabas têm apresentado projetos ousados e tenho gostado do que surge na nossa terra.

MB: Depois de ser professora, fundadora de uma grande faculdade e investidora em startups, você ainda está em busca de algo?

BM: Desejo continuar apostando no Brasil e gerando empregos. Me sinto bem comigo criando postos na área de educação e pesquisa.

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