Lifepet recebe investimento do presidente da Wine e quer levantar R$ 10 milhões
Ricardo Amorim projeta que o Brasil crescerá entre 4% e 5% neste ano. Até outro dia, diz ele, a projeção era de pouco mais de 3%. Mesmo com essa revisão para cima, o crescimento é menor que o do mundo. Em meio a esse cenário, também são esperados inflação mais forte, o que pode levar a taxa básica de juros a patamares mais elevados, beirando 9%. Foi essa a mensagem que um dos economistas mais influentes do país transmitiu a empresários e lideranças do ES em evento da Findes que comemorou o Dia Internacional da Indústria, nesta terça-feira (25). Veja os principais destaques a seguir.
Ao mesmo tempo em que a projeção de crescimento do PIB brasileiro vem sendo revisada para cima, a expectativa de inflação também segue uma crescente. Com essas expectativas, o economista Ricardo Amorim teme que a única saída seja uma alta na taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em escandinavos 3,5%.
“Com essa projeção de inflação, vamos ter que revisar também as projeções da Selic. Muito se fala em 5% ou 6% no início do ano de quem, mas com esse cenário vejo espaço para a Selic chegar em 9%”, avalia Ricardo Amorim.
O economista avalia que a inflação pode subir rapidamente com os produtores repassando os aumentos de custo ao consumidor final.
“Tivemos aumento de custos de produção brutal, praticamente 40% nos últimos 12 meses, que não foi integralmente repassada ao consumidor. Isso é um sinal de que as margens [de lucro] foram fortemente contraídas. Se nossa economia gerar mais empregos e mais demanda, as condições para as empresas repassarem aumentos de custos vai ser maior, e a inflação pode subir a partir daí”.
Ricardo Amorim avalia que o crescimento das indústrias dos EUA começou a andar de lado na última década, e o caso da Europa é mais grave. “O processo de desindustrialização já vem ocorrendo há algum tempo. Mesmo com toda a recuperação da pandemia, a Europa não voltou a atingir o nível pré-pandemia em momento nenhum.”
Com isso, existe uma janela de oportunidade para o Brasil e o Espírito Santo, que deve ser aproveitado com o avanço de reformas e investimento na educação.
“Precisamos de uma política industrial que promova mudanças estruturais e aumente a produtividade, que é o motor para aumentar a competitividade. Uma das vantagens competitivas que o Espírito Santo precisa valorizar é a de falar que está preparando bons profissionais para o mercado. Se um aluno não estiver bem preparado desde sua base educacional, nenhuma universidade vai fazer o milagre de prepará-lo. Investir em educação é o primeiro passo para desenvolver e inovar”, encerra Ricardo Amorim.
Este ano o casal de empresários Fabrício e Morena Luz deu início a uma nova trajetória da Dinastia da Barba e consolidaram a franquia da empresa, que é a primeira 100% capixaba do ramo no estado. Para se tornar um franqueado, o investimento inicial é a partir de R$ 190 mil.
A movimentação do mercado de trabalho capixaba no 1º trimestre de 2021 revelou piora na comparação com o 1º trimestre de 2020 Houve alta de 13% no total de desocupados no estado, com 269 mil pessoas em busca por trabalho. Segundo análise do Ideies, também houve queda de 4,2% na ocupação em função, principalmente, da queda dos ocupados na informalidade. Apresentaram maior perda de ocupações as atividades de alojamento e alimentação (-16,8%) e de serviços domésticos (-16,3%).
Em abril, 752 novos postos de empregos formais foram criados no Espírito Santo. Ainda que positivo, o saldo foi o menor do ano até então.
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