Jun 2021
10
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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porRicardo Frizera

Com novo fundo, Bandes quer aportar mais de R$ 250 mi para se tornar sócio de empresas no ES

Desde que chegou ao Bandes, o presidente Munir Abud carrega o propósito de retomar o protagonismo do banco no desenvolvimento do Estado– como o próprio nome da instituição sugere.

Munir se concentrou suas ações em três frentes principais: um fundo destinado ao socorro de empresas; um estruturador de parcerias público-privadas (PPP); e um Fundo de Investimento em Participações (FIP) administrado por uma gestora independente, que vai investir recursos em empresas no ES.

O Fundo de Investimento em Participações, por meio de recursos obtidos com os royalties do petróleo, constituirá uma poupança intergeracional, como noticiou nosso colunista de política Luan Sperandio em sua coluna Data Business. Esse investimento, no entanto, não significa que o Bandes tornar-se-á sócio dessas empresas. Longe disso, o objetivo é a impessoalidade.

“Esse será um fundo impessoal e administrado por uma gestora com escritório no ES de forma independente, buscando a rentabilidade dos recursos aplicados”, aponta o presidente do Bandes Munir Abud.

FUNDO DE PARTICIPAÇÕES DIRETAS

Munir também revelou em entrevista à coluna um dos próximos passos do Banco do Desenvolvimento: a gestão pretende criar um fundo que permitirá o banco se tornar sócio de empresas no ES para atingir objetivos específicos do desenvolvimento do estado, sem a impessoalidade do FIP citado anteriormente.

“Queremos criar um fundo de aquisição de participação direta em empresas no Espírito Santo. Ao contrário do FIP, que é guiado pela impessoalidade, esse novo fundo buscará atender a interesses de desenvolvimento do ES. O Bandes será o braço de execução e as diretrizes serão alinhadas com o Governo do Estado.”, explica Abud.

O presidente do Bandes exemplifica: “Caso o entendimento seja de que precisamos de fomentar a logística na região Norte do estado, poderemos destinar investimentos especificamente para essa atividade. Ou caso queiramos destinar investimento privado a uma cidade menos desenvolvida, podemos usar o fundo como um atrativo para aquela região.”

Munir Abud projeta que o fundo de participações diretas criar poderá ser maior que o FIP, com um aporte inicial de mais de R$ 250 milhões (ele fala em R$ 270 milhões), e pode se projetar como um atrativo para empresas investirem no ES.

“O estado talvez não tenha a energia mais barata, a melhor logística ou o maior mercado consumidor no país. Mas, nesse cenário, o fundo de participação direta será um dos motores para atrair novos negócios para o ES”, encerra o presidente do Bandes.

Socorro às empresas e estruturado de PPPs– entenda outras iniciativas do Bandes para 2021

FUNDO DE “SOCORRO” A EMPRESAS

“Levei ao Governador Casagrande a proposta de criar um fundo com recursos do governo gerido pelo Bandes com o objetivo de socorrer as empresas afetadas pela pandemia”, relata o presidente do Bandes.

Esse fundo de R$ 250 milhões é o maior que o do estado de São Paulo, que conta com R$ 240 milhões e pode entregar juros subsidiados e carência mais generosa. “Esse fundo foi uma importante forma de o Bandes se aproximar de microempreendedores de baixa renda e chegar ao interior do Estado”, conta Munir Abud.

SERVIÇO PÚBLICO, GESTÃO PRIVADA

Uma das práticas mais modernas em termos de gestão pública é a transferência da gestão de serviços como saneamento e iluminação para a iniciativa privada. São as chamadas parcerias público-privadas.

Apesar de ser vantajoso para a gestão município e a população, a demora ao estruturar uma parceria dessas acaba inviabilizando-as, aponta Munir Abud. Para facilitar a concretização de PPPs nas áreas de saneamento e iluminação pública no ES, o Bandes criou um estruturador desse tipo de parceria.

 

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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