Perfil: a trajetória do capixaba Paulo Wanick, diretor da ArcelorMittal Brasil
A economia capixaba, assim como a brasileira, encerrou o primeiro trimestre de 2021 com o terceiro resultado positivo consecutivo e se recuperou do estrago causado pela pandemia. Isso é o que aponta o Indicador de Atividade Econômica da Findes, divulgado nesta segunda, que atua como antecipação do PIB. Com crescimento de +1,1% em comparação com o resultado do trimestre anterior, o PIB capixaba acumulou um crescimento de 16,94% nos últimos três trimestres e deixou para trás a contração de -14,4% registrada no segundo trimestre de 2020. Veja mais detalhes a seguir.
No Espírito Santo e no Brasil, o primeiro trimestre de 2021 foi marcado pela flexibilização das normas restritivas para combate à covid-19 e um agravamento da pandemia mais ao fim de março, o que exigiu um novo endurecimento das regras.
Nesse contexto, o Indicador de Atividade Econômica calculado pelo Ideies, entidade do sistema Findes, aponta que a economia capixaba apresentou uma alta 1,1% frente ao 4º trimestre de 2020 e apresentando leve alta de 0,2% ante ao 1º trimestre de 2020. Em outras palavras, as perdas da pandemia ficam para trás, mas ainda estamos na estaca zero.
SERVIÇOS
Quase a totalidade do resultado positivo do PIB capixaba no primeiro trimestre de 2020 é atribuído ao setor de serviços, categoria que engloba comércio e transportes. O setor é o mais relevante da economia do ES, respondendo por 54% da riqueza gerada no estado.
INDÚSTRIA
Apesar de a indústria capixaba ter apresentado um resultado tímido de 0,2%, influenciado negativamente pela indústria de extração, alguns segmentos se destacaram.
Em comparação com o trimestre anterior, a indústria de transformação no ES cresceu 3% no ES, contra uma queda de -0,5% a nível nacional. O principal componente da alta da indústria de transformação foi papel e celulose, segmento representado no ES por empresas como a Suzano.
Já no comparativo do primeiro trimestre de 2021 com o primeiro trimestre de 2020, a indústria da transformação capixaba cresceu 15,7%, enquanto a nacional cresceu 5,6%.
A construção civil, também foi um destaque positivo para o PIB. Entre o primeiro trimestre de 2020 e 2021, o setor de construção capixaba apresentou crescimento expressivo de 29,1%. Para o país, o setor apresentou variação negativa de 0,9%. Leia na coluna Mundo Imobiliário a análise setorial da construção.
AGROPECUÁRIA
Por fim, o setor de agropecuária do Espírito Santo retraiu 7,7% ante ao 1º trimestre de 2020, influenciado por recuos na pecuária e na agricultura.Leia na coluna Agro Business a análise setorial do agro no Estado.
Durante a apresentação dos resultados, o economista-chefe da Findes, Marcelo Saintive, destacou que o empresário capixaba está mais confiante na economia– o indicador que mede esse sentimento, ICEI-ES, cresceu 7 pontos de abril para maio. Ainda, apontou que esse indicador pode estar sendo influenciado pelas revisões positivas que o PIB está tendo regularmente.
Por outro lado, existem desafios para manter o crescimento da economia capixaba. Além de fatores de competência nacional, como reformas estruturais e marcos legais, a presidente da Findes, Cris Samorini, cita agendas relevantes para o ES sustentar o crescimento.
Para Samorini, uma das prioridades é aumentar a eficiência operacional das indústrias para torná-las mais produtivas e competitivas no mercado nacional e internacional. Em adendo, ela enfatiza a importância da defesa coordenada de agendas ligadas à infraestrutura, como concessões e integrações que vem sendo defendidas pelo setor produtivo.
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