Joint venture: conheça o modelo de parceria que ajuda empresas a crescerem
Américo Buaiz Filho é empresário e investidor de setores como shopping, imóveis, alimentos, educação e comunicação. Com uma das trajetórias mais bem sucedidas do Espírito Santo, a grande motivação de seu espírito empreendedor é “mudar a vida das pessoas”, afirma. Ainda, além da longa experiência no mundo empresarial, Américo cursou psicanálise, área que lhe concedeu ferramentas para auxiliar na compreensão das pessoas ao seu redor, gerando mais valor aos stakeholders de seus empreendimentos.
Confira os principais destaques do bate-papo com o convidado da semana do Digaí Podcast, novo canal de conteúdo parceiro do Folha Business.
Digaí: Qual o principal fator que contribuiu para que você chegasse ao patamar atual na vida empresarial?
Américo Buaiz: Eu não tinha um plano claro do que fazer, mas possuía a convicção de que apenas faria aquilo que eu amasse, que fizesse sentido na minha vida e na de pessoas que me cercavam e para a comunidade em que eu estava inserido.
Assim, essa diversificação não foi algo totalmente planejado. Essas iniciativas surgiram de acordo com as oportunidades que se apresentaram e foram construídas, seguindo um pré-requisito: não necessariamente construir negócios grandes, mas sim negócios relevantes e que façam a diferença nas vidas das pessoas.
Por isso, me orgulho do nosso grupo, que construiu atividades tão diversas, seguindo esse Norte.
Digaí: Qual o maior desafio de conduzir iniciativas tão diversas?
Américo Buaiz: O maior desafio é reconhecer a autonomia e independência de cada ramo de negócio e estruturá-los de forma individual, para que cada um possua a sua identidade.
Essa prática deve acontecer do ponto de vista da gestão, da condução de cada empresa e, como presidente do grupo, prezo pela matriz filosófica de todo o grupo. Em determinados momentos, empresas do próprio grupo negociam entre si e, por isso, deve-se conferir sempre a filosofia, independência e autonomia.
Digaí: E o que é essa filosofia? Uma cultura baseada em valores e princípios básicos?
Américo Buaiz: Quando questionamos o porquê fazemos algo, o processo de entender como fazê-lo é facilitado. Assim, se também existirem fatores comuns, há a necessidade de definir relações dentro de certos parâmetros e filosofias, feitas por valores, que sejam absolutamente imperativos para cada unidade, pois o que as reúne e cria essa ideia de parte de um conjunto, é exatamente essa matriz filosófica.
Então, não há nada que façamos antes de buscar entender como isso agregará valor ao segmento de atuação e quais os nossos valores que são inegociáveis: transparência, honestidade e relação próxima com o público vinculado.
Quando adentramos na área de comunicações, por exemplo. Fiz um debate filosófico profundo e assumi por escrito os nossos princípios editoriais, que se aperfeiçoam ao longo do tempo. O objetivo era tornar a participação nesse mercado fosse claramente definida, seguindo princípios como o da isenção, de não defender os próprios interesses e de entender o papel coletivo dessa atuação.
E assim fazemos com todo o grupo.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória