Ago 2021
7
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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porRicardo Frizera

Ramos avalia que propostas de reformas ainda são insuficientes

Ricardo Frizera: Por que o mercado avalia que a atual proposta de reforma administrativa não está tão robusta?

Marcelo Ramos: A reforma administrativa é tímida porque a pressão dos setores que serão afetados é muito grande. Também percebemos um comprometimento da trajetória de vida pública do Bolsonaro com algumas parcelas do funcionalismo que contaminam a reforma administrativa.

Ricardo Frizera: Você avalia que as atuais propostas de reforma tributária 

MR: Temos que ter boa vontade para chamar a revisão do imposto de renda e o CBS [contribuição sobre bens e serviços] de reforma tributária. As duas reformas se afastam do que esperamos: redução, simplificação, neutralidade, progressividade e equilíbrio setorial.

Ricardo Frizera: Você avalia que as atuais propostas de reforma tributária 

MR: A questão do voto impresso contamina a pauta principal que o Brasil precisa. Esse é um tema que tensiona o executivo com a oposição e mesmo com a sua base. Acredito que precisamos baixar a temperatura da política para discutir o que importa pro Brasil, evitando pautas transversais.

Ricardo Frizera: Como você enxerga a atuação do STF neste momento?

MR: Vejo que o STF está “fora da caixinha” e a política está fazendo dele uma instância recursal para as derrotas no exercício da democracia. A vontade da minoria legislativa está ganhando. É preciso devolver as instituições para dentro da caixinha– além do STF, o Ministério Público e os tribunais de contas. Apesar disso, o STF tem sido uma barreira de contenção para preservar as instituições.

Ricardo Frizera: as próximas eleições presidenciais devem ser dominadas por Bolsonaro, Lula e um candidato de terceira via. Como esse cenário deve se desenhar?

MR: O governo vai buscar um caminho mais populista e flexível do ponto de vista fiscal. Sobre a terceira via, penso que o eleitor não se agarra à aventura. Quem tenta se apresentar como terceira via apenas nega Lula e Bolsonaro, mas não apresenta posicionamento muito claro.

Exploração de sal-gema deve injetar R$ 170 milhões no ES

A Findes realizou, na quarta-feira (4), o painel “Exploração Mineral de Sal Gema – Oportunidades para o Espírito Santo”. Durante o evento, a diretora da Agência Nacional de Mineração (ANM), Débora Puccini, afirmou que as 11 áreas disponibilizadas pela agência, e que irão a leilão devem injetar, apenas na fase de pesquisas, mais de R$ 170 milhões em investimento no Estado. Esse aporte deve ser realizado em no mínimo três anos.

O encontro, que ocorreu de forma semipresencial, contou com a participação da presidente da Federação, Cris Samorini, que, em sua fala de abertura lembrou as possibilidades que a exploração de sal-gema traz para o Estado.

A presidente da Findes ainda destacou que a Federação está focada na criação de oportunidades de investimento produtivo: “são os investimentos que podem gerar a retomada do emprego, da renda e do desenvolvimento econômico e social para os capixabas.”

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