Ago 2021
12
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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"Abrir o comércio sem reduzir o Custo Brasil vai matar a indústria", afirma Marcelo Ramos

Fernando Cinelli, presidente do conselho da Apex Partners, destacou como os investimentos de longo prazo gerarão resultados para o futuro do Espírito Santo.“ Com o protagonismo da iniciativa privada, o Espírito Santo vai gerar bons dividendos para as próximas gerações.”

O governador Renato Casagrande destacou, ao lado de Cinelli, como o governo tem atuado para garantir o desenvolvimento e a sustentabilidade financeira do ES no longo prazo.

“Criamos no Espírito Santo um fundo soberano que funciona como uma poupança para as futuras gerações e é único no país. Esse fundo nos permite pensar em acúmulo de recursos no longo prazo, indo na direção oposta de muitos municípios e estados vendem almoço pra comprar jantar. Com  aportes mensais, o fundo soberano deve somar R$ 1 bilhão até o fim de 2022”, afirmou Casagrande.

Já o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, teceu críticas sobre as atuais propostas de reforma tributária. Segundo ele, reduzir imposto de importação sem reduzir o Custo Brasil pode prejudicar o setor produtivo brasileiro.

“Nenhum país pode se fechar comercialmente. Mas a desoneração de impostos de importação não pode ser fruto de improviso. Fazer isso sem melhorar ambiente de negócios é uma ilusão e vai matar a indústria nacional”, defendeu Ramos.

Ao lado de Marcelo Ramos, o deputado federal Felipe Rigoni criticou o atual sistema tributário, sugerindo a necessidade de uma reforma tributária que promova igualdade.

“No sistema tributário ideal, o governo tributa menos no consumo e mais na renda, o que gera melhor distribuição de renda. Porém, a atual proposta de reforma tributária vai em direção contrária a isso. Ainda precisamos de muito debate para que a reforma do imposto de renda se torne justa.”

“A chance disso ocorrer é zero!”

Adolfo Sachsida, Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, usou sua fala para rebater críticas ao executivo federal e destacou a ampla agenda reformista encaminhada desde 2019.

“Do governo, as pessoas querem os grandes planos econômicos, mas não é assim que é feito o planejamento econômico moderno. Fazemos um modelo em que o mercado tenha mais liberdade e segurança jurídica e possa direcionar seus investimentos”, pontuou Sachsida

Ele acrescentou: “Esse é o governo mais reformista do mundo na atualidade. Em pouco tempo, aprovamos legislação limitando gasto públicos, a privatização da Eletrobras, Lei do Gás, Marco do Saneamento, Lei de Cabotagem, entre outras reformas e marcos legais.”

Pode-se dizer que sua fala mais impactante foi “A chance disso ocorrer é zero!”, em referência aos rumores sobre o descumprimento da Regra do Teto de Gastos. Investidores e empreendedores certamente ficaram mais tranquilizados com essa afirmativa.

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