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Marcelo, Lucas e Francisco, os fundadores do Digaí Podcast, retornam para o segundo semestre com uma nova proposta: debater os principais livros indicados ao longo dos últimos 40 episódios. Assim, eles debatem “A Revolta de Atlas” e “A Nascente”, ambos de Ayn Rand, com a participação especial de Larissa Carneiro. Confira os principais destaques do bate-papo entre os idealizadores do Digaí Podcast, o novo canal de conteúdo parceiro do Folha Business.
Ayn Rand, romancista e polêmica filósofa, nasceu na Rússia, mas emigrou para os Estados Unidos aos 21 anos. Seus romances e obras são responsáveis pela criação da filosofia do Objetivismo, apesar dela não se considerar uma filósofa ao longo de sua vida.
As duas obras são romances extensos, que, por meio de diversos personagens e suas interações, transmitem ensinamentos sobre política, economia, amor, relacionamentos, entre outros.
“A Revolta de Atlas é uma narrativa que se passa nos Estados Unidos, quando o código moral vigente passa a ser violado. Nesse contexto, a responsabilidade individual e a meritocracia não têm mais peso. Assim, a sociedade se corrompe e o país entra em ruína”, afirma a convidada Larissa Carneiro.
“É um livro que aborda a burocracia e os burocratas, que se definem como virtuosos que acreditam ser capazes de definir o que é melhor para toda a sociedade, sob justificativas plausíveis e justas”, conclui Francisco Machado.
Lucas: Ao lermos a obra, observamos que possui diversos paralelos com a realidade. Vemos como a sociedade se torna cada vez mais do dependente do estado e dos tomadores de decisões centrais e como estes sentem a necessidade de fazer com que a sociedade dependa deles.
Larissa: um exemplo deparalelo foi a proibição de demissões, assim como na Argentina ao longo da pandemia, com a própria população aplaudindo essas decisões.
Marcelo: E essa figura centralizadora tomando todas as decisões em uma sociedade visando o “bem comum” que o enredo traz, pode ser observada atualmente? O estado realmente deseja que as pessoas se tornem dependentes no âmbito intelectual e financeiro?
Francisco: Sim. É basicamente uma cultura de criar leis para beneficiar grupos específicos, mas sempre com uma justificativa “nobre” de que aquilo é o melhor para o bem comum. E essas medidas sempre retiram recursos de alguns, destinando a essas classes específicas. Dessa forma, os incentivos na sociedade são completamente distorcidos.
Lucas: No próprio Espírito Santo tivemos exemplos disso, com uma súmula que buscava proibir a demissão sem justa causa, que felizmente não vingou, e a lei que proibia a cobrança de conveniência na venda de ingressos pela internet, fazendo com que empresas do ramo deixassem de operar no estado.
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