Ideias de liberdade: o primeiro e-book do Digaí Podcast
Nunca tantas mulheres investiram na bolsa brasileira: este ano, a marca ultrapassou 1 milhão. O resultado é fruto de um conjunto de fatores, como a emancipação feminina no mercado de trabalho e seu consequente aumento de renda, além de maior disponibilidade de informações sobre investimentos.
“Há alguns anos educadores financeiros começaram a usar redes sociais para suprir a demanda de investidores sem conhecimento. Isso deu força ao movimento de entrada nesse universo, o que tem contribuído para mais mulheres buscarem a liberdade financeira” afirma Ana Porto, Head de Wealth Management da APX Invest e que assina a coluna Finanças de A a Z na Folha Vitória.
Além dos fatores apontados, o aumento de investidores na Bolsa de Valores foi fortemente marcado pela queda na taxa de juros, o que motivou um movimento de busca por maior sofisticação nos investimentos, facilitado por maior acessibilidade possibilitada pela tecnologia.
Houve um crescimento de mais de 590% em 10 anos, as mulheres representam hoje quase 1⁄3 dos CPFs ativos na bolsa, isto é, 27,34% dos CPFs e mais de 25% do volume de capital movimentado, totalizando R$ 104,34 bilhões. Trata-se da maior participação feminina relativa da década, algo que tende a aumentar ainda mais.
A ideia de “fazer o dinheiro trabalhar para você” ainda é pouco compreendida por muitas pessoas. Reconhecendo esse tabu, Porto aponta o fator da internet e redes sociais como facilitadores para essa democratização do conhecimento financeiro.
Esse movimento foi endossado também pelo exemplo de lideranças femininas, que têm se destacado cada vez mais atuando no mundo dos negócios, assumindo posições de lideranças nas empresas. Entre os maiores exemplos estão Luiza Trajano da Magazine Luiza, Paula Paschoal do PayPal Brasil e Tânia Cosentino da Microsoft Brasil.
Em um ambiente predominantemente masculino, as mulheres estão tomando mais risco em seus investimentos “Antes era muito comum as poucas mulheres que investiam o fazerem com a supervisão do marido ou do filho. Hoje as mulheres estão assumindo as rédeas das suas finanças”, conclui Porto.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória