"Tivemos duas décadas perdidas nos últimos 40 anos. Isso é um absurdo!"

Hoje, a Fibrasa é uma das maiores empresas de embalagens do Brasil, produzindo embalagens que estão na casa de todos os brasileiros. Contudo, a grande mudança do patamar do negócio ocorreu quando foi criado um embrião  no nordeste. “Percebemos a necessidade de plantas industriais mais próximas da região  Nordeste para reduzir os custos finais. Quando criamos uma fábrica em Pernambuco, o jogo virou e o negócio se consolidou”, afirmou Léo de Castro.

Contudo, muito antes disso, Léo de Castro contou que iniciou a carreira na Chocolates Garoto e no Grupo Águia Branca. “Foram duas escolas para mim, ao ponto que meu pai falava que eu deveria devolver o salário do estágio porque o foco era ganhar o conhecimento ao estagiar, não o dinheiro”, recordou.

Na carreira associativista, o ex-presidente da Findes, que hoje atua no Conselho de Política Industrial, defendeu que o caminho para uma indústria mais competitiva é o avanço de uma agenda que, para ele, já está velha. “Tivemos duas décadas perdidas nos últimos 40 anos. Precisamos fazer as reformas que estão pautadas há muito tempo, e fazê-las de forma profunda para que trilhem o desenvolvimento de longo prazo”, afirmou.

Por fim, de Castro defendeu maior protagonismo do ES diante do país. “O ES precisa de mais ambição para dialogar com o restante do país. Precisamos mostrar as qualidade que nosso estado tem, trocar mais, trazer mais pessoas de fora e vender o estado para o país. Afinal, não basta pôr o ovo, tem de cacarejar. Isto é, não basta fazer o dever de casa, precisa mostrar e promover o ES!”, concluiu.