Vice-presidente da CNI, Léo de Castro defende protagonismo do ES no país
A pior crise hídrica dos últimos 90 anos mostrou as consequências de termos uma matriz energética excessivamente centralizada em hidrelétricas. Diante do risco de apagão, houve um forte aumento do custo da energia elétrica, pressionando o aumento da inflação. Nesse sentido, empresas que oferecem soluções em energias alternativas tendem a ganhar maior espaço no mercado.
Uma das principais energias alternativas é a energia solar, que cresceu 116% no ano passado, a despeito de 2020 ter sido um ano recheado de incertezas em virtude da pandemia. O levantamento é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
“Cada quilowatts (kW) gerado por um sistema próprio de energia, é um a menos a ser consumido pelo sistema tradicional de geração de energia. Estamos vendo cada vez mais pessoas físicas e empresas aderindo à solução solar, instalando painéis solares de captação, afirma Igor Barreto, engenheiro civil e gerente do investimento fotovoltaico da Dynamis.
Quando é gerado mais energia do que o consumido, o superávit gera um crédito de energia, fazendo o consumidor pagar apenas o custo mínimo. Em uma residência de quatro pessoas, por exemplo, os valores giram em torno de até R$ 50.
A estimativa é de haver um retorno do investimento realizado entre três e quatro anos, com o sistema tendo durabilidade de 25 anos.
Mas em tempos de preocupação com Governança Corporativa, Meio Ambiente e Impacto Social (ESG, na sigla em inglês) as empresas estão cada vez mais adotando a energia solar como forma de tornar suas iniciativas sustentáveis. “Além de ser um investimento, com as companhias buscando alinhar ganhos operacionais em médio e longo prazo, vemos cada vez mais haver um interesse em soluções em energia alternativa como forma de trabalhos de marca para conectar suas respectivas marcas com seu público-alvo”, afirma.
Esse movimento de busca por energia solar tende a continuar diante dos problemas evidenciados pela crise hídrica. Além disso, os custos da produção energética caíram quase 90% entre 2009 e 2019, segundo relatório publicado pela Carbon Tracker. Energia mais barata, limpa e matriz energética diversificada é o “combo perfeito” da necessidade do século XXI.
As inscrições para participar do programa Findeslab, hub de inovação da indústria capixaba, serão prorrogadas até esta sexta-feira (08).
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