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O fundador da MedSênior Maely Filho participou nesta sexta (15) do 5º Encontro Folha Business e falou sobre as iniciativas de inovação desenvolvidas pela companhia para melhorar o atendimento no mercado de saúde privado. Para ele, a disputa agora muda do duelo entre grandes operadoras e pequenas operadoras para o duelo entre as mais rápidas e as mais lentas no quesito inovação. Confira.
Maely contou que diante da pandemia a MedSênior buscou inovar digitalmente a partir do desenvolvimento de ferramentas que ajudassem na solução do modelo de negócios.
Ele calcula que em apenas 6 meses desenvolveram inovações que precisariam de ao menos 5 anos, algo acelerado a partir dos investimentos em tecnologia por meio do laboratório do grupo, o Medicine Innovation Lab.
“Inovar em tecnologias não é fácil, inovar em tecnologias que sejam acessíveis para idosos, é ainda mais difícil, mas, felizmente, a partir de metodologias, estamos conseguindo ser bem sucedidos”, contou. Isso porque em média operadoras de planos de saúde possuem idade média na carteira de 28 anos, mas a da MedSênior é 68 anos, pois atende apenas idosos.
Para isso, foram desenvolvidas inovações de prontuário único, evoluções em questões comerciais que possibilitam firmar contratos com segurança a partir de SMS e inovações de tratamento.
Entre elas, estão um leitor de Raio X que ajuda a diagnosticar a Covid-19 de forma 40x mais barata do que a tomografia.
“Vamos ceder essa tecnologia de forma não onerosa para o município de Vitória a partir de convênio a fim de entregarmos nosso propósito de contrapartida social”, afirmou no evento.
Outra inovação da companhia foi diante de um grupo de idosos que possuem diabetes e que estavam prestes a perder a visão em virtude do estado avançado da doença. “Fizemos um procedimento inovador com 50 pacientes nossos e conseguimos resultados positivos para a recuperação deste grupo de risco”, comemorou.
O que está por trás dessas inovações é a cultura da companhia. “O mercado de saúde privada no país é composto por uma briga entre o maior contra o menor. As grandes operadoras acabam comprando as menores e centralizando o mercado. Então não poderíamos jogar esse jogo. Para isso, criamos um novo campo de batalha: o mais rápido contra o mais lento, e para isso, precisamos inovar para impactar positivamente a vida dos idosos”, explicou.
Ele conta que o objetivo é criar e desenvolver novas tecnologias que sejam 10 vezes mais rápidas, 10 vezes mais barato e que geram 10 vezes mais valor. Isto é, evoluir 10 mil vezes. “Qual o mundo que você quer criar quando você for idoso? Oportunizamos a criação desse mundo para nossos colaboradores a partir do desenvolvimento de tecnologias”, concluiu.
Maely Filho começou a trabalhar para ajudar a família aos 7 anos, fazendo cartazes e fachadas na Maely Publicidade. “Para mandar fazer, tem que saber fazer”, era o que ouvia do pai. Apenas aos 15 anos assumiria atividades administrativas.
Em 2015, com uma posição de liderança em uma empresa consolidada, ele recebeu a proposta de se tornar acionista em uma área até então muito distante de seu escopo de atuação: uma operadora de plano de saúde.
“Eu sempre enxerguei as operadoras de saúde como um negócio que não é bem falado: clientes reclamavam do serviço e empresários do ramo eram frequentemente insatisfeitos. Mas percebemos que essa operadora tinha uma proposta diferenciada porque trabalha principalmente de forma preventiva, para os idosos atingirem a longevidade com saúde”, afirmou em entrevista à Mundo Business no ano passado.
Com essa proposta, a MedSênior construiu uma carteira de 50 mil idosos, e conta com 15 unidades no Distrito Federal e em quatro estados: Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, e Espírito Santo. Hoje, a rede emprega mais de 1300 funcionários.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória