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Enquanto a economia brasileira registrou sua segunda variação negativa consecutiva no terceiro trimestre de 2021, a economia capixaba cresceu no período. O PIB do Espírito Santo avançou 2,6% no terceiro trimestre de 2021 e pela 5ª vez apresentou crescimento superior ao resultado nacional. Com esse resultado, a economia capixaba avançou 9,8% em comparação com o terceiro trimestre de 2020, enquanto a nacional cresceu menos da metade disso: 4,0%. Essa antecipação do PIB oficial foi trazida pelo Indicador de Atividade Econômica da Federação das Indústrias do ES (IAE-Findes), que também traz detalhamento do desempenho de cada setor da economia.
Com um crescimento de 9,8% na análise interanual, a economia capixaba já supera em 5,7% o nível pré-pandemia (4º trimestre de 2019), enquanto a economia brasileira permaneceu no mesmo patamar observado antes do coronavírus.
Olhando para a contribuição dos setores da economia para o avanço de quase 10% da economia estadual, a indústria (+9,4%) e serviços (+10,8%) puxaram o PIB para cima com relação ao terceiro trimestre de 2020, enquanto a agropecuária foi a única grande atividade com queda, retraindo -5,5%.
Dois grandes destaques da economia foram os setores de construção civil e indústria de transformação. A construção avançou 48% com relação ao mesmo trimestre do ano anterior, enquanto a transformação foi or sua vez, a indústria de transformação registrou crescimento de 15,6% com alta em todas as atividades analisadas, metalurgia (26,2%), coque e derivados do petróleo (34,9%), celulose e papel (9,4%),
Para Marília Silva, economista-chefe da Findes, a expectativa para o fechamento do PIB do estado em 2021 é positiva em termos gerais, apesar de o setor de serviços não crescer no ritmo esperado e das incertezas com a nova variante do coronavírus e inflação em alta.
Por sua vez, Cris Samorini, presidente da Findes, acredita que os investimentos industriais no Espírito Santo vão contribuir para um 2021 com PIB positivo. “Vimos a consolidação de investimentos que foram feitos ao longo dos últimos anos: a expansão da Britannia, a expansão da Weg Linhares, a nova operação da Cacau Show, e as plantas da Cacique e Olam [em Linhares] que vão tornar o estado um dos maiores pólos exportadores de café solúvel do mundo. Essas oportunidades foram facilitadas por conquistas como investimentos em infraestrutura e a inclusão de novos municípios na área da Sudene”.
Samorini ainda destacou o investimento em tecnologia e inovação como fator que vai trazer mais competitividade e crescimento para o Espírito Santo.
“O estado obteve conquistas importantes no ecossistema de inovação e tem projeção para novas tecnologias dentro das indústrias. Esse é um fator essencial para competitividade de empresas de todos os portes. Vejo a economia do Espírito Santo mudando pela entrada de novas indústrias preocupadas com tecnologia e empresas tradicionais investindo na transição para a indústria 4.0.”
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