FUCAPE anuncia duas novas startups para seu HUB de inovação
Danielle Quintanilha passou as últimas duas décadas preparando famílias empresárias para uma sucessão serena de seus negócios. Dessa experiência, ela tirou uma conclusão: o futuro da empresa familiar é proporcional ao nível de desenvolvimento dos herdeiros. Contudo, a geração que substituirá a atual nem sempre tem o desejo de participar no dia a dia do negócio. Mesmo assim, um dia eles receberão participação na empresa e precisam ter preparo para lidar com essa responsabilidade como acionistas.
A coluna Mundo Business conversou com Danielle sobre a melhor forma de preparar os herdeiros e as chaves para o sucesso de empresas familiares. Por meio da UTZ Soluções Para Empresas Familiares, a especialista oferece um programa anual de preparação para sucessores e está com inscrições abertas até a primeira semana de janeiro.
Mundo Business: Qual a principal diferença entre o sucessor e o herdeiro?
Danielle Quintanilha: Conceitualmente chamamos sucessor quem de fato vai assumir função executiva dentro da família. Todos os filhos são no primeiro momento herdeiros. Então existe o caminho para preparar sucessores e herdeiros que não desejam estar no negócio da família mas vão se tornar sócios.
Quais são as melhores trilhas para um sucessor que deseja de fato se tornar um executivo da empresa familiar?
O preparo dessa trilha requer conhecimento das várias áreas da empresa e trabalhar a liderança. Mas antes de assumir alguma posição na empresa da família, o sucessor pode buscar uma jornada fora da empresa da família para ganhar bagagem. Isso proporciona oportunidade de ser visto pela família de outra forma, mostrando que têm competência e não estão lá apenas por serem filhos.
Existem sucessores que optaram pela independência e decidiram empreender por conta própria. Qual o preparo necessário para esse perfil?
O sucessor que decide empreender por conta própria precisa de um ponto de atenção. Ele vem de uma família com negócios de sucesso e às vezes se cobra para ter um empreendimento de sucesso rápido, mas a realidade nem sempre é essa. Esse sucessor pode ter uma ideia bacana, recursos para investir mas não se atentaram à preparação necessária para ser empresário.
Mesmo que o herdeiro não queira participar da empresa ele precisa de uma preparação?
Seja acionista ou executivo, a geração seguinte precisa de preparo e conhecimento extenso sobre a empresa familiar. Querendo ou não trabalhar na empresa da família, o herdeiro é responsável por ela porque um dia vai cair no seu colo e quanto mais próximo voce estiver no negócio mas vai contribuir para longevidade. No caso do herdeiro que não é preparado, o primeiro passo costuma ser vender a sua participação, o que nem sempre é o melhor negócio.
Ao longo da sua jornada, qual foi a principal causa de rompimento de empresas familiares que você identificou?
A principal causa de não continuidade das empresas familiares são os conflitos familiares. Quando a família é coesa e compartilha objetivos, consegue se reinventar e se tornar negócio longevo. Um dos fatores muito importantes é trabalhar a coesão familiar, fortalecimento dos valores e em processos de governança e transparência. Cuidar da longevidade é antes de tudo cuidar das relações familiares, tomar decisões compartilhadas, conseguir enxergar os objetivos maiores do negócio em primeiro lugar, em detrimento de um interesse pessoal.
Qual é a chave para a longevidade das empresas familiares?
O futuro da empresa da família é proporcional ao nível de desenvolvimento dos herdeiros. Quer fazer um bom investimento? Invista nos herdeiros. E o principal ponto que deve ser trabalhado com os herdeiros é a relação familiar. Assim, evita-se que talento dos sucessores seja perdido por motivos que podem ser resolvidos. Esse é um dos principais pontos que trabalhamos no Programa Próxima Geração, da UTZ.
A diretora de operações da Apex Partners, Ana Paula França, foi a única capixaba convidada para contribuir com o livro “Mulheres nas finanças”, que acaba de ser publicado pela Editora Leader. O selo editorial “Série Mulheres”, que estampa o livro, já foi registrado em mais de 170 países.
O livro mulheres nas Finanças reúne textos de algumas das principais executivas de finanças (CFO) do Brasil para contar um pouco de sua trajetória no mundo das finanças, um ambiente ainda bastante masculino.
Ana França contou que o livro serviu como inspiração para trazer novos projetos ligados à inclusão das mulheres no universo das finanças. “Quero trazer o projeto IBEF Mulheres para o Espírito Santo e tornar a empresa onde atuo ainda mais atrativa para mulheres”, afirma.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória