Decisão pode reduzir imposto na conta de luz e telefone em até 8%
Na comparação do 3º trimestre de 2021 com o mesmo período do ano anterior, a construção civil avançou quase 50% no Espírito Santo, de acordo com dados do Indicador de Atividade Econômica da Findes. Esse mercado promissor teve um ano marcado por novos lançamentos, vendas aceleradas no mercado secundário e projetos cada vez mais expressivos em bairros como Enseada do Suá, Praia da Costa e Praia do Canto. E o que podemos esperar para o ano que vem? Para Daniel Aoni, sócio-fundador da Aoni Imóveis, 2022 deve ser um ano próspero para o mercado imobiliário capixaba, mesmo que sem toda a ‘euforia’ que vimos em 2021.
Fazendo uma retrospectiva, Aoni avalia que a euforia do mercado imobiliário esteve ligada à vontade dos consumidores de realizarem seus desejos, o que deve se estender para o ano que vem. “Ainda temos um mercado aquecido. A pandemia fez com que muitos consumidores tornassem realidade o sonho de comprar o imóvel próprio ou adquirir uma residência maior. Temos uma perspectiva de estabilidade e constância para 2022, mesmo que sem toda a euforia que vimos em 2021”.
Para o especialista em mercado imobiliário, os imóveis devem seguir com uma valorização em 2022, ainda que mais branda. Historicamente, eleições e copa do mundo contribuem para a desaceleração.
“Em 2021, assistimos a uma forte valorização dos imóveis como reflexo de uma estabilidade dos seus preços nos anos de 2018, 2019 e até meados de 2020, quando a alta não foi expressiva. Sabemos que em anos de eleições presidenciais é despertado nos consumidores um cenário mais conservador, por isso, acredito que esse fenômeno se repetirá em 2022”, afirma.
Mesmo com o rápido avanço da taxa básica de juros (Selic), Aoni enxerga que as condições de financiamento devem se manter favoráveis para os consumidores. “Mesmo com a subida da taxa básica de juros de 2% em janeiro deste ano para 9,25%, agora em dezembro, ainda sinto um mercado com vendas constantes. O crédito imobiliário via de regra, não absorve imediatamente e nem integralmente a variação da Selic e mesmo com os juros para financiamento imobiliário acima dos estabelecidos em meses anteriores, estamos com as taxas de juros abaixo da média histórica de 10% ao ano”.
Sem alertar para muitas mudanças, Daniel Aoni enxerga na Grande Vitória uma estabilidade do mercado secundário de imóveis, isto é, imóveis vendidos pelos próprios residentes. “O mercado secundário é o nicho mais estável do mercado imobiliário. E por se tratar de um mercado constante, não imagino mudanças significativas em 2022. As famílias continuam buscando mais espaço, layouts que combinam mais com seus cotidianos e áreas de convivência cada vez mais completas e integradas”
Olhando para a Grande Vitória, o sócio-fundador da Aoni Imóveis avalia que o crescimento econômico e a qualidade de vida são atrativos que muitos brasileiros enxergam na região, e esses fatores devem continuar contribuindo com o avanço do mercado imobiliário em 2022.
“Vitória e Vila Velha já a algum tempo, vem se destacando no cenário nacional para compradores e investidores. A qualidade de vida e o alto padrão das unidades chamam a atenção e como ainda estão longe dos valores das grandes capitais do país, continuam com um grande espaço para valorização. O Espírito Santo não para de receber novas empresas e novos investimentos. Imagino muitos anos prósperos para ambas cidades quando falamos de mercado imobiliário.”
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória