Jan 2022
7
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Jan 2022
7
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Conheça a trajetória de Rodrigo Miranda

Mundo Business: Como foi o início da sua trajetória empreendedora no Espírito Santo?

Rodrigo Miranda: Nasci e fui criado em Guarapari até os 17 anos. Mãe professora escolar e pai proprietário de uma administradora de condomínios. Tive uma vida simples e com muita liberdade de escolher qual caminho eu gostaria de seguir. Fui para Vitória em 2009 onde conheci meus sócios Mário Miranda, Tomás Scopel e Renato Antunes no curso de engenharia. Em 2015 quando saímos da faculdade, certo de que não queríamos uma carreira técnica, pensamos em ideias para empreender. Logo depois da formatura começamos a Zaitt num modelo de delivery de bebidas– nós mesmos fazíamos a entrega dos pedidos. Foi um período em que criamos casca e que me orgulho muito.

MB: Quais foram os maiores desafios de começar a empreender tão cedo?

RM: Quando você empreende, começa a se desenvolver como gestor muito cedo. Começamos nossos negócios com 23 anos, e a empresa é uma escola que demanda muita dedicação. Esse é um jogo que se aprende jogando, e traz um crescimento rápido. O lado negativo é nunca ter ocupado a posição de colaborador, o que poderia ajudar a entender o que um colaborador sente.

MB: Quais são os princípios e valores que guiaram você e seus sócios até aqui?

RM: Como sócios, somos uma família. Falamos em cumplicidade, quando dá certo para um dá certo pra todos. Um princípio muito forte que sempre tivemos é trazer pessoas boas para dentro e agregar mentores e conselheiros com quem interagimos. Nesse processo foi importante o programa de partnership, que aumentou nossa capacidade de trazer gente boa– tivemos dez colaboradores que se tornaram sócios.

 

"Queremos levar a Zaitt para a bolsa de valores como a primeira varejista realmente tecnológica"

Mundo Business: Na sua opinião, quais principais conquistas suas e de seus sócios que chamaram a atenção da Forbes?

Rodrigo Miranda: Fiquei surpreso quando recebi a ligação há 3 semanas. Foi um processo de investigação sobre a minha trajetória que levou em conta diversos fatores, validando a trajetória. Na lista de 30 jovens, são seis representantes em 5 categorias, e fomos selecionados na categoria de varejo que é muito concorrida. Acredito que tenha chamado atenção a disrupção da Zaitt e a evolução da Shipp, duas empresas que estão levando muita tecnologia ao varejo. O fato de jovens terem inovado em um setor tão tradicional com certeza chamou a atenção da Forbes.

MB: O que esse destaque significa para os empreendedores capixabas?

RM: Acima de tudo, estar na lista de jovens mais influentes da Forbes tem uma relevância muito grande para o ecossistema de inovação capixaba. Temos muitas iniciativas aqui e evoluímos muito como ecossistema de inovação. Não interessa onde estamos, mas quando nos juntamos com gente boa, trabalhamos de forma honesta conseguimos ir longe. Essa é uma mensagem de não vitimismo. Podemos ser protagonistas no Brasil e no mundo e temos cases que ajudam a reforçar essa mensagem: não tem porque nos vitimizamos.

MB: Quais são os seus grandes planos e sonhos daqui em diante?

RM: Além de CEO da Zaitt, sou investidor em startups e conselheiro de grandes empresas. O grande sonho que tenho vivido nos últimos meses é chegar a 1000 lojas da Zaitt daqui a 4 anos e levar a empresa à bolsa de valores como a primeira varejista realmente tecnológica no Brasil. Se chegar o momento de eu fazer o exit [saída da startup], o que não vejo no médio prazo, vamos para o próximo empreendimento. Está no DNA.

 

Atualização [23:34h]: A estilista Júlia Pak, que figurou na lista da Forbes 30 Under 30 do ano de 2021, é capixaba. Por isso, retiramos do título da matéria que Rodrigo é o primeiro capixaba a figurar na lista.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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