As agências bancárias vão acabar? O maior grupo empresarial capixaba aposta que não
O sol está aquecendo o setor energético no Brasil. Segundo o último levantamento da (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de unidades consumidoras (como residências e empresas) com geração própria de energia a partir da fonte solar. Com um crescimento de 64% capacidade de produção de energia solar com relação a 2020, a potência instalada (8,4 GW) já equivale a um terço da Usina de Itaipu. Segundo empresários da área, o Espírito Santo está acompanhando essa tendência e se destaca na geração de energia solar.
De acordo com os dados da Absolar, o setor de energia solar recebeu investimentos de R$ 21,8 bilhões em 2021, considerando desde as grandes usinas às pequenas unidades geradoras em telhados residenciais. O resultado representa um crescimento de 49% em comparação com 2020.
Ainda de acordo com a Absolar, a geração distribuída– aquela realizada próximo às residências ou empresas que utilizam a energia produzida– pode gerar R$ 173 bilhões de economia aos consumidores brasileiros até 2050.
Não obstante, dados de 2020 revelam que a matriz energética brasileira ainda é movida pela fonte hídrica, (60%), seguida pela eólica (9%) e biomassa (8,4%), com apenas 1,4% de energia eólica. Na União Europeia, esse valor chega a quase 5% e nos EUA são 2,9%.
Isso sinaliza que ainda há muito espaço para expansão, afirma Igor Barreto, gerente da Dynamis Solar, empresa capixaba que projeta e instala unidades produtoras de energia solar.
“Com novas empresas atuantes e o novo Marco Legal da Geração Distribuída, o mercado de energia fotovoltaica seguirá em ritmo de crescimento acelerado nos próximos anos”, comenta.
O empresário faz referência ao Marco Legal da Geração Distribuída, sancionado na primeira semana deste ano, que traz mais segurança jurídica ao setor e garante subsídios para a microgeração independente de energia até 2045.
Para Igor, a produção independente de energia solar é uma saída para as famílias, empresas e para o setor público. “A energia produzida a partir de fonte solar reduz o custo de eletricidade da população e das empresas, contribuindo para o aumento da competitividade da economia, beneficiando pequenos, médios e grandes consumidores do país. Um benefício desse tipo de geração é que ela é instalada em telhados e espaços que não comprometem a área útil do imóvel”, afirma Igor Barreto, gerente da Dynamis Solar.
Na visão de Igor, o mercado de energia fotovoltaica do Espírito Santo deve ter um 2022 positivo, em linha com a região Sudeste. “O mercado brasileiro de energia solar espera o dobro do investimento do ano passado e devemos ver o surgimento de novas empresas nesse ramo a todo o instante”, conclui.
Os últimos nove meses de 2021 foram marcados pelo crescimento de 35,3% do mercado imobiliário, segundo o indicador Abrainc-Fipe.
Esse aquecimento na área imobiliária deixa os empreendedores capixabas otimistas para inovar durante o ano de 2022. Segundo Leandro Lorenzon (foto), diretor da iUrban Empreendimentos, a tendência é que o público busque imóveis que alinham tecnologia e sustentabilidade.
A tendência de investir em empreendimentos que levam em consideração fatores sociais e ambientais é algo que vem ganhando cada vez mais força. Nossa expectativa é lançar mais empreendimentos na Grande Vitória para atender as demandas específicas dos consumidores capixabas”, afirma. Na foto, os diretores da iUrban, da esquerda para a direita: Leandro Lorenzon, Luiz Antônio Lorenzon e Felipe Lorenzon.
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