“Jurema Internacional”: empreendedores revitalizam Curva da Jurema e querem construir legado para a região
As empresas familiares, aquelas em que a gestão realizada é feita por membros da mesma família, são lembradas pelos problemas na sucessão e atritos entre as diferentes gerações. Esses, sem dúvidas, são dois dos principais desafios dessas empresas, contudo, especialistas em empresas familiares e governança apontam que elas têm características peculiares que favorecem a sua longevidade. Dentre eles, os investimentos de longo prazo. principalmente aqueles ligados à tecnologia e inovação. Entenda mais a seguir.
As empresas de capital aberto, listadas em bolsa de valores, muitas vezes são movidas por melhorar resultados trimestrais e gerar retorno aos acionistas no curto e médio prazo. Por outro lado, empresas familiares de pequeno ou grande porte têm potencial de ampliar seus horizontes e investir em projetos que, apesar de prejudicarem o resultado do próximo trimestre, proporcionam melhores retornos para as próximas décadas, ou mesmo gerações.
“A empresa familiar é um ambiente propício para inovar quando todos abrem mão de trocar resultados trimestrais e dividendos mais generosos em troca de construir melhores resultados no longo prazo e aumentar longevidade da empresa. Isso é possível em qualquer tipo de empresa, mas tem maior potencial de acontecer nos negócios em família”, comenta Adriano Salvi, conselheiro de administração certificado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativo e sócio da UTZ, empresa de soluções para empresas familiares.
Por outro lado, Salvi aponta que o choque de gerações pode dificultar a inovação nas empresas familiares. “Em muitos casos, a geração anterior é mais resistente ao novo e a nova geração se lança com muito ímpeto no ânimo de implementar novas ideias. Mas não adianta ter uma mentalidade disruptiva sem exercitar a capacidade de colaboração e introduzir de forma ordenada projetos inovadores na empresa.”
“A ideia pode ser boa para o negócio, mas ela precisa ser testada e apresentada com consistência. Filhos precisam ter mais paciência e pais precisam de saber acolher”, acrescenta Salvi.
Para Danielle Quintanilha, sócia da UTZ e especialista em empresas familiares, a presença das diversas gerações é importante na hora de introduzir novas tecnologias ou mesmo iniciar um processo de transformação digital nas companhias. “Os fundadores trazem os valores que construíram a empresa e a geração atual trazendo essa competência digital”, afirma ela.
Já Salvi aponta que para que todos os acionistas e gestores estejam confiantes em tomar riscos, inovar e apostar nos projetos de longo prazo da empresa, são necessários mecanismos de transparência e prestação de contas. “Para poder inovar e abrir mão de distribuição de dividendos para investir, é necessário estabelecer relação de confiança”, afirma Danielle.
Uma pesquisa inédita, realizada pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), por meio do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies), revelou que 81% das empresas que participaram do levantamento tiveram algum colaborador afastado devido à infecção por coronavírus ou Influenza, sendo que 53% dos casos ocorreram na primeira quinzena de janeiro.
As exportações brasileiras de rochas ornamentais superaram em 2021 os níveis de faturamento registrados no período pré-pandemia e em toda a história do segmento. De acordo com dados divulgados pelo Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), no ano passado o país faturou 1,34 bilhões de dólares.
Espírito Santo (83,3%), Minas Gerais (9,9%) e Ceará (2,8%) foram os três estados que mais exportaram rochas ornamentais de janeiro a dezembro do ano passado. O estado foi o maior exportador do segmento em 2021, acumulando um total de US$ 1,14 bilhões.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória