Confira os 10 municípios capixabas que receberão R$36 bilhões em investimentos até 2024
O ecossistema de startups está efervescente no Espírito Santo. É o que mostra o Mapeamento de Startups do Espírito Santo, lançado em uma parceria entre a EDP e a Liga Ventures. O levantamento aponta que mais de 60% das startups ativas no estado foram fundadas entre 2017 e 2021. O destaque fica para o ano de 2020, no qual mais de um quinto das startups capixabas foram fundadas.
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O mapeamento realizado pela Startup Scanner – ferramenta da Liga Ventures que conta com o apoio estratégico da PwC Brasil – mostrou que o Espírito Santo conta com mais de 110 startups, distribuídas por 13 cidades capixabas e separadas em 27 categorias, com destaque para as EdTechs (educação), Fintechs (finanças) e HealthTechs (saúde). Juntas, as três categorias com mais empresas representam pouco mais de um terço do total das startups do estado.
O estudo mostra ainda que há alguns desafios para superar, como a concentração de startups na capital, Vitória, e o baixo índice de equidade de gênero, já que menos de 25% das empresas contam com mulheres em seu quadro.
Outros destaques são a predominância das Edtechs, uma particularidade do estado quando se olha para o cenário nacional, e o número de postos de trabalho criados no ecossistema, com cada startup capixaba contratando, em média, 56 colaboradores, gerando renda e empregos para a população.
INVESTIMENTOS
Os principais resultados do estudo foram apresentados durante evento no Palácio da Fonte Grande. O mapeamento é “vivo” e continuará atualizando e acompanhando o cenário de inovação no estado pelos próximos 12 meses.
O presidente da EDP no Brasil, João Marques da Cruz, afirmou que a companhia tem um compromisso com a inovação e pretende investir em startups capixabas. “O mapeamento que apresentamos é um instrumento de trabalho. Mas o ponto decisivo é investir nas startups. O capital e o investimento são o sangue dessas empresas. Se não houver esse capital a empresa morre. Temos um plano muito ambicioso. Já estamos investindo em 8 startups no Brasil, e queremos colocar o Espírito Santo nesse mapa”, afirmou ele durante a apresentação do estudo.
Tratando sobre investimentos, o Secretário de Estado de Desenvolvimento Tyago Hoffmann anunciou que o Estado investirá R$ 10 bilhões nos próximos dez anos, considerando, nesse montante, a participação dos recursos do Fundo Soberano.
Um dos objetivos da EDP ao investir em inovação é liderar a transição energética, ou seja, a passagem para uma matriz energética com baixa emissão de carbono.
Para Andrea Salinas, Diretora de Inovação e Venture Capital da EDP, “a inovação é um caminho que vai nos levar à sustentabilidade, o que está diretamente conectado ao propósito da EDP: mudar hoje o amanhã. Defendemos que esse processo seja descentralizado– deve vir de qualquer lugar e envolver a todos. Por isso, trabalhamos com o conceito de inovação aberta, pautada pela colaboração de agentes internos e externos.”
Citando o mapeamento de startups, Ana Paula Marques, conselheira do grupo EDP, pondera que “o estudo vai ajudar a compreender de forma mais assertiva qual é a situação das startups no Espírito Santo para que, a partir daí, possam ser feitas ações que vão transformar esse cenário e alavancar ainda mais o ecossistema”.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória