Fev 2022
6
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Estilista capixaba aposta na moda inclusiva e é reconhecida como uma das jovens mais influentes do país

A estilista capixaba Júlia Pak, 29, costurou seu primeiro vestido aos 22 anos. Ela deixou Vitória, onde viveu até os 17 anos, para cursar moda em São Paulo.

Apesar do desejo de trabalhar fora da área de confecção, Júlia começou a produzir vestidos de festa e casamento sob medida a pedido de amigos e da família. Logo, a demanda começou a aumentar e Júlia profissionalizou sua operação em um atelier que leva seu nome.

“Comecei a empreender na moda com 22 anos sem saber como estruturar uma empresa ou mesmo fazer plano de negócios. Empreender pra mim foi um desafio porque tive que aprender na prática”, confessou.

Na contramão da indústria de confecção de massa, Júlia decidiu perseguir o propósito de tornar a moda mais inclusiva para pessoas com deficiência e corpos fora dos padrões da indústria através da produção de roupas sob medida.

“Estou nadando contra a maré, falando de inclusão em um mercado que tem dificuldades em atender a pessoas com corpos fora do padrão da indústria”, afirmou.

Essa moda ativista chamou a atenção da Forbes Brasil, que em 2020 tornou Júlia a primeira capixaba na lista 30 Under 30, que elenca os jovens mais influentes do Brasil em diversos segmentos de atuação. Hoje, com um atelier da Rua Oscar Freire, em São Paulo, a estilista comemora o sucesso e já começou 2022 com 92 peças contratadas. O ticket vai de R$ 600 a R$ 15 mil, no caso dos vestidos de casamento.

EMPREENDEDORA DESENVOLVE MARCA DE CAFÉ ESPECIAL COM INSPIRAÇÃO FEMININA

Já a capixaba Camila Vivacqua Casagrande, 25, começou a empreender no mesmo ramo que sua família, que é produtora de café em Brejetuba (ES) há três gerações. Aos 23 começou a torrar e moer os cafés especiais produzidos na propriedade de sua mãe, Andréa Vivacqua, e criou a label Café Chiara, que é comercializado na internet e em alguns supermercados do Espírito Santo.

“Sentia falta de opções de cafés especiais do Espírito Santo nas prateleiras dos supermercados e decidi criar minha própria marca, o Café Chiara, que é uma homenagem à minha bisavó que tem o mesmo nome”, contou Camila à coluna.

A empreendedora explica que se baseou nos valores de duas mulheres a bisavó e a mãe para empreender nesse segmento. “Minha mãe é uma mulher forte que me deu um ‘empurrão’ para empreender. Ela me apoia tanto na vida pessoal quanto nos negócios. Da minha bisavó, carrego os valores de honestidade, bondade e solicitude. Queremos mostrar no Café Chiara um pouco do que era a dona Chiara”, completa.

Hoje, Camila carrega o desafio de ampliar as frentes de negócio e expandir o portfólio de produtos da marca. Ela conta que duas grandes apostas são a comercialização de mel, produzido na propriedade da família, e no investimento em um braço de de máquinas de café– que, claro, vai produzir expressos com o café Chiara.

Executiva relata os desafios de conciliar a maternidade e a carreira

Ana Paula França, 38, atua hoje como diretora de operações da Apex Partners, uma casa de investimentos e soluções financeiras capixabas, e diz encontrar um ambiente mais diverso que em grande parte de sua trajetória. Formada em administração, ela sempre esteve em setores tradicionalmente masculinizados: passou por bancos, mineradoras e construtoras antes de chegar à Apex.

Desde cedo, Ana era reconhecida como um talento e tinha trânsito pela alta cúpula das empresas. Sobreviver nesse ambiente, conta ela, exigiu equilíbrio entre predicados que são socialmente atribuídos a homens e os que são ligados a mulheres.

“Não sou muito delicada, o que me ajuda a lidar com situações desagradáveis da vida corporativa de cabeça em pé. Me considero muito aberta e sincera. Por isso, sou justa e dura quando preciso ser”, disse Ana. “Por outro lado, trato as pessoas com amor e fico à vontade em dividir dificuldades e compartilhar fragilidades, o que sempre me aproximou das minhas equipes”, completa.

No atual momento de sua carreira, Ana, que é mãe de um menino, enfatiza os desafios das mulheres em conciliar a maternidade e o desenvolvimento profissional. “O ditado diz que nasce uma mãe, nasce uma culpa. Quando a mulher cresce profissionalmente, renuncia momentos com o filho. Por vezes me culpo de não estar ainda mais presente, mas quem tem a ambição de se desenvolver na carreira, tem que assumir esse desafio e buscar cada vez mais equilíbrio.”

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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