Fev 2022
8
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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porRicardo Frizera

Custo para neutralizar emissões de carbono chega à casa dos trilhões de dólares

Desde que Larry Fink, CEO da BlackRock, gestora de fundos americana com mais de 9 trilhões de dólares sob gestão, afirmou em 2020 que “risco climático é risco de investimento”, o capitalismo mundial inaugurou um novo paradigma.

Por meio dessa frase ativista, Fink deixou claro que os investimentos privados em todo o mundo seriam cada vez mais direcionados para empresas capazes de mitigar os impactos ambientais.

Com a cobrança cada vez mais forte da sociedade e de investidores para que as empresas se mobilizem em torno disso, muitas empresas começaram a se mobilizar para reduzir seu impacto no clima. Um bom exemplo disso no Brasil é o iFood, que compensa as emissões de carbono dos ‘motoboys’. Porém, tornar a economia mundial limpa não vai ser uma tarefa fácil nem barata.

Para chegar no carbono ‘net zero’ até 2050 o custo estimado é na casa dos trilhões de dólares, considerando investimentos na mudança da matriz energética e na agricultura. Essa movimentação de capital pode ser a maior da história da raça humana e impactará diretamente investimentos privados em todo o mundo. Assim, fica claro que a sustentabilidade deixou de ser um discurso e passou a ser vista como um dever do capitalismo em todo o mundo.

Hub capixaba da economia limpa quer ajudar pequenas e médias empresas a mitigar suas emissões

No Espírito Santo, o movimento em prol da economia limpa está caminhando a passos cada vez mais largos. Uma das iniciativas que se destaca nesse sentido é o Hub ECO55, uma plataforma que busca gerar conexões e soluções para acelerar a transição do Espírito Santo para a economia limpa de forma ordenada. A concepção da plataforma é do empresário Guilherme Barbosa

O objetivo do ECO55 é criar um ecossistema local voltado para sustentabilidade e trazer médias e pequenas empresas para medirem sua pegada de carbono. “A transição para a economia limpa é um desafio monstruoso que precisa de mais pessoas e organizações engajadas para ser resolvido. Por isso, criamos no Espírito Santo uma plataforma para criar conexões e criar um sistema que lidere essa transformação de forma organizada”, explica Barbosa.

Na visão do empresário, o Espírito Santo reúne condições ideais para ser o ponto de partida de um movimento de descarbonização da economia do Brasil. “Temos um estado industrializado, com altas emissões de gases causadores do efeito estufa, mas tem maturidade florestal, depende do mercado internacional – que já exige carbono neutro – e vive um ambiente institucionalmente favorável para começarmos por aqui”, argumenta.

Segundo Guilherme, a transição para a economia vai remodelar a forma como os três setores importantes para economia do Estado operam. Primeiramente, as indústrias, que  já estão sendo cobradas por investidores para reduzir a sua pegada de carbono e, para isso, vão cobrar toda a sua cadeia de fornecedores. No agronegócio, florestas preservadas e replantadas, e não apenas plantações serão ativos rentáveis. Por último, as cidades, que influenciam todas as cadeias e respondem pelo maior volume de emissões e consumo de energia ao redor do globo.

Com o Brasil e o mundo entrando  na transição da economia suja para a economia limpa, o Espírito Santo se mobiliza para ser protagonista nesse processo.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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