Fev 2022
10
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Fev 2022
10
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Aforamento: procedimento aumenta número de potenciais compradores e valoriza imóveis

Em municípios litorâneos, muitos imóveis, principalmente os mais antigos, localizados em área de marinha, estão em regime de ocupação. Isso significa que a união ainda é detentora do imóvel. Segundo Daniel Aoni, sócio da Aoni Imóveis, o ideal é transferir esses imóveis para regime de aforamento, no qual os moradores passam a ter domínio sobre o terreno de marinha.

“O processo todo (passando de imóvel de ocupação para imóvel aforado) pode custar entre 1% e 2% do valor do imóvel e leva em média 6 meses para ser concluído. No entanto, gera retornos rápidos, mais valorização e agilidade de comercialização, pois o imóvel passa a estar habilitado a ser vendido através de financiamento habitacional além de ter redução drástica da taxa anual de marinha “, afirma.

“Até 2017, quando se vendia um imóvel de marinha, o comprador deveria pagar uma alta taxa para a transferência da propriedade na SPU (Secretaria de Patrimônio da União), cerca de 5% do valor total  da transação. Hoje esses valores não assustam mais pois caíram substancialmente e são calculados sobre o valor da fração ideal de cada imóvel”.

“O maior ganho de aforar o imóvel é possibilitar que o comprador o adquira por meio de financiamento. Isso aumenta o número de potenciais compradores e valoriza o imóvel. Temos exemplos de imóveis em regime de ocupação em áreas nobres, como a Avenida Saturnino de Brito, na Praia do Canto, onde existem apartamentos grandes à venda, mas com um número potencial de compradores reduzido, porque não é possível financiá-los. Por outro lado, temos casos de imóveis aforados que foram vendidos por valores pelo menos 10% maiores do que quando estavam em regime de ocupação”, explica.

Aoni alerta que além do tempo total do procedimento levar em torno de 6 meses é fundamental o apoio de um despachante especializado para realizar os trâmites burocráticos junto à Secretaria de Patrimônio da União.

 

Veja também

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

Pular para a barra de ferramentas