Fev 2022
25
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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“A quantidade de fusões, aquisições e incorporações deve se acelerar"

A Câmara dos Deputados aprovou na última terça-feira (22) a Medida Provisória 1072/21, que alterou o cálculo da Taxa de Fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários regulados pela CVM. A evolução das discussões envolvendo a regulamentação desse mercado pode representar um potencial para prosseguimento das discussões e o avanço do Projeto de Lei 2632/21 atualmente em trâmite na Câmara dos Deputados.

O projeto visa extinguir a exclusividade dos Agentes Autônomos de Investimentos quanto à vinculação a apenas uma corretora, bem como autorizar sócios investidores – que não agentes autônomos – a comporem o capital social das sociedades.

Atualmente, somente os profissionais certificados e regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) podem se associar e atuar junto a clientes no mercado de capitais.

Na visão de especialistas, essa regra reduz a competitividade do setor. Para o advogado Pedro Dias, sócio da APD Advogados, “a exclusividade na forma de associação e o modelo de negócios restritivo cria uma reserva de mercado e impõe empecilhos à formação de novas sociedades empresárias, resultando em uma concentração de mercado prejudicial aos consumidores”.

Lembrando que o PL discutiria a possibilidade de ingresso de sócios investidores no capital social dessas empresas, mas propõe a manutenção  da restrição da atividade de Assessoria de Investimentos àqueles profissionais devidamente qualificados “Ao permitir que sócios não Agentes Autônomos de Investimento sejam admitidos no capital social dessas pessoas jurídicas, a proposta pretende retirar um limitador do crescimentos desses escritórios, tornando o próprio setor mais competitivo”, completa Dias.

Essa nova regra traz perspectivas para a entrada de investidores capitalistas no setor. “A quantidade de fusões, aquisições e incorporações deve se acelerar e o setor certamente receberá novos aportes, uma vez que as atividades se tornarão abertas e mais atrativas a todo tipo de investimento empresarial”, finaliza Dias.

A discussão sobre a nova regulamentação está em trâmite na Comissão de Finanças e Tributação e seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

 

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