Mar 2022
12
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Invasão da Rússia tem similaridades com os ataques de Hitler na década de 1930, afirma Rachewsky

Digaí: A existência da OTAN ou sua tentativa de expansão justificaria essa resposta violenta da Rússia?

Rachewsky: O fato da União Soviética ter se dissolvido não significa que as suas características tenham sumido, porque a raíz dessa associação era a Rússia. Não houve nenhum tipo de rompimento dos russos com as ideias coletivistas e autoritárias. O fato de ter mudado no plano geopolítico a existência da União Soviética não significa que acabaram as ameaças ao mundo ocidental.

Por isso é justificável a existência da OTAN: essa organização surgiu no pós-segunda-guerra para proteger sociedades livres de ameaças. Quando Vladimir Putin justifica a invasão da Ucrânia por sua aproximação com a OTAN, é uma falácia. Em nenhum momento, essa aliança militar usou sua força contra uma nação pacífica, apenas defendendo em caso de ataque.

Digaí: Essa situação se assemelha à invasão de Hitler nos Sudetos, que contribui para a eclosão da Segunda Guerra Mundial?

Rachewsky: Essa situação tem similaridade com as invasões de Hitler aos Sudetos da Tchecoslováquia na década de 1930, pois trata-se de uma invasão violenta de uma região que tinha uma população de maioria germânica– com a justificativa de recuperar uma área que a Alemanha tinha perdido no Primeiro Guerra Mundial.

Existe uma certa similaridade com o que acontece hoje. Mas hoje a OTAN possui um poder muito superior ao que a Inglaterra tinha para se defender de um invasor naquela época. A Inglaterra errou ao fazer um acordo com Hitler após as invasões.

O Putin não está querendo restabelecer a União Soviética, mas quer voltar a ser uma espécie de Czar da Rússia. E fazer um acordo com ele é perigoso: nada garante que ele vai interromper as invasões após conquistar as áreas desejadas na Ucrânia.

Ouça o Podcast Digaí com Roberto Rachewsky no Spotify

 

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