Mar 2022
28
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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porRicardo Frizera

"Em 54 anos, nunca tivemos uma eleição na Fecomércio", diz Sipolatti

Mundo Business: Porque você decidiu encabeçar uma chapa para disputar a presidência da Fecomércio?

Cláudio Sipolatti: Para romper com o continuísmo. Em 54 anos, tivemos apenas presidentes definidos sem nenhuma eleição disputada. Nos posicionamos em não assinar aclamação para chapa única porque ela não propunha nada novo para a Fecomércio. Vários presidentes de sindicatos querem romper o continuísmo. Estou com um grupo.

MB: Na sua opinião, porque a Fecomércio enfrenta tantos desafios para ter uma renovação constante?

CS: Em grande parte pela acomodação e pouca participação do empresariado, o que abriu espaço para alguém assumir um papel definitivo. Criar cultura de associativismo, interesses comuns e não interesses individuais. O estado tem empresários que podem colaborar para ser uma instituição mais forte. Depois de 16 anos o Cláudio decidiu ser candidato, não para surgir como uma solução– esta solução virá de todos que querem participar dessa mudança.

MB: Como você avalia a atuação da Fecomércio?

CS: Na Fecomércio não temos nenhum sindicato de serviço, sendo que o setor está no nome da Federação. Durante a pandemia tivemos a luta do Sindibares que poderia ter tido nosso apoio, mas não teve. Precisamos trazer mais sindicatos, ampliar debates setoriais e nos aproximar das Federações irmãs, como a da indústria e transporte.

A Fecomércio precisa ampliar sua atuação e dar mais apoio aos sindicatos, que estão fragilizados em suas estruturas financeira e operacional. Temos uma entidade longe da atividade produtiva.

MB: Caso eleito, você pretende acabar com a reeleição na Fecomércio?

CS: Sim, acabar com a reeleição é um dos nossos compromissos. Um dos nossos objetivos é oxigenar e modernizar a Federação e para isso temos que trazer pessoas, novos sindicatos.

MB: Você considera a oferta da terceira secretaria para compor a chapa de José Lino Sepulcri?

CS: José Lino nunca me ofereceu nada, apenas apresentou um documento em reunião no início de março onde constava meu nome na sua chapa. Agradeci o convite e solicitei que retirasse, porque eu estaria me colocando como candidato à presidência da Fecomércio.

MB: Qual é a sua opinião sobre a proposta de criar um período de transição de dois anos na presidência da Fecomércio, onde o atual presidente seguiria por mais dois anos?

CS: Existe um grupo propondo isso, mas eu não conheço nenhum processo eleitoral que teve dois anos de transição. Isso não existe.

“Não considero a venda dos hotéis”

MB: Quais são suas propostas para o Sesc e Senac no Espírito Santo? [As duas entidades são controladas pela Fecomércio no estado]

CS: Precisamos ter os melhores diretores executivos no Sesc e Senac, e criar um ambiente de empresa, com planejamento, acompanhamento de metas, saber se estamos atingindo eficiência desejada. Ainda, precisamos definir  como contemplar melhor e maior número de pessoas, que são finalidades dessas instituições.

MB: A Fecomércio possui a maior rede hoteleira do estado. Como presidente, você consideraria a venda dos ativos do Sesc e Senac, como hotéis?

CS: Não temos informações sobre a taxa de ocupação da rede hoteleira do Senac. Mas a parede já está erguida. Vamos entender como viabilizar essa estrutura e não considero a venda. Se tivermos sucesso na nossa eleição, precisamos de um realizar um profundo diagnóstico dessa rede.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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