Setor produtivo capixaba comemora privatização do Porto de Vitória: "grande passo para o estado"
Apesar de o Espírito Santo ser um produtor de café com relevância global, os produtores capixabas têm apostado cada vez mais na diversificação da produção para reduzir os riscos de concentrar toda a sua renda em uma só cultura. E uma das saídas para isso tem sido a fruticultura, afirmaram especialistas em agronegócio e produtores rurais durante o 2º Encontro Agro Business. Confira mais a seguir.
No 2º Encontro Agrobusiness, o painel que debateu os rumos da fruticultura no Espírito Santo reuniu nomes como o produtor de mamão Rodrigo Martins, da UGBP, a produtora rural Fernanda Permanhani e Franco Fiorot, Secretário de Agricultura de Linhares.
Fiorot afirmou que, apesar de o café ainda ser o principal componente do PIB do agronegócio do Espírito Santo, os produtores capixabas têm apostado na diversificação através da produção de frutas.
“A fruticultura desempenha um papel importantíssimo do ponto de vista econômico e social: gera renda, emprego e agrega valor às terras capixabas. Em 2021 a Ceasa movimentou 500 milhões de quilos de alimentos, sendo 42% de frutas, boa parte delas produzidas no Espírito Santo”, explicou o Secretário
Para exemplificar a força desse tipo de produção, Fiorot apontou que os quatro municípios que concentram 25% do PIB agrícola do Espírito Santo (Santa Maria de Jetibá, Linhares, São Mateus e Domingos Martins) tem uma presença estratégica de hortigranjeiros (como ovos) e de fruticultura.
Nesse sentido, ele citou o caso de Linhares: “Diversificação é importante como política estratégica de desenvolvimento do nosso estado. Em Linhares criamos polos de frutas para cultivar além do que já é produzido, com foco na agricultura familiar. Essas culturas, além de serem rentáveis, ajudam o produtor a se proteger da variação do preço de grãos como o café, que é influenciado por eventos internacionais.”
Para Fiorot, o Espírito Santo tem um grande potencial para investir no plantio de uma grande variedade de frutas, tanto pela diversidade climática, quanto pela proximidade do campo e dos centros consumidores. Porém, existem grandes desafios, afirmou. “Precisamos de avanços significativos na logística, nas rodovias e na infraestrutura para que nossa fruticultura possa deslanchar.”
O Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano foi recebido por Nilton Sagrilo, fundador da EdTech capixaba Gama Ensino, no último final de semana, na sede da empresa, em Vitória.
Durante o evento, o presidente contou um pouco sobre sua experiência profissional, sobre o BNDES e trouxe uma visão do viés atual de investimentos na educação.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória