Abr 2022
19
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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19
Ricardo Frizera
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porRicardo Frizera

"Na Europa, a cultura empresarial não é tão receptiva assim", diz Paulo Baraona

Mundo Business: Como você saiu de Portugal e veio parar aqui no Brasil?

Paulo Baraona: É uma história interessante. Em 1974, ocorreu o que ficou conhecida como a Revolução dos Cravos em Portugal, e já em 75, houve um período negro dessa revolução. Os trabalhadores tomavam conta das empresas e expulsavam os empresários – o que fez com que muitos fugissem de Portugal, inclusive meu pai, que era empresário também do ramo de construção civil e se instalou aqui no Brasil, vindo para Vitória.

Mundo Business: Porquê ele decidiu vir para Vitória?

Paulo Baraona:  Vitória estava num momento de grande crescimento, com o aterro da Condusa, que fazia a cidade se movimentar e ter grandes perspectivas de crescimento, o que talvez tenha sido um chamariz para meu pai se instalar aqui. Logo que chegou, começou o processo de urbanização das montanhas, com o Parque das Hortências em Domingos Martins, que se tornou um marco da época, já que antes o turismo de montanha não existia, então o parque foi a primeira urbanização que começou esse movimento.

Mundo Business: Você fez recentemente a reforma da Avenida Vitória. Por que ela conseguiu ser realizada em um tempo tão curto?

Paulo Baraona:  O que aconteceu ali naquela obra, que claro, embora tenha sido beneficiada pela diminuição do tráfego devido a pandemia, também foi marcada pela interação entre a minha empresa de engenharia, a empresa de projetos e de fiscalização e a Secretaria de Obras naquele momento.

Todos os envolvidos trabalhavam diariamente, inclusive fins de semana e feriados, diminuindo o custo do impacto social que a paralisação de uma das principais avenidas poderia causar na sociedade. Temos uma obra parecida em andamento, a ES-010 em Jacaraípe, onde também vamos entregar antes do prazo e que segue esse mesmo conceito de interação entre as partes.

Mundo Business: Quais as diferenças da cultura empresarial portuguesa para a brasileira?

Paulo Baraona: Há uma diferença grande, obviamente, mais favorável ao Brasil, porque o brasileiro não cria dificuldades, nunca fui maltratado mesmo sendo um estrangeiro – pelo contrário, recebi até dicas e ajudas -,  e tenho muito a agradecer, tanto que hoje já me considero um capixaba. Já na Europa, cultura não é tão receptiva assim, com o povo de lá sendo mais fechado e difícil de se relacionar. Há uma diferença muito grande entre o tratamento recebido aqui e lá, principalmente quando você é um concorrente.

Mundo Business: Além de ser vice-presidente da Findes e empresário, vejo que você tem um apreço muito grande pelos esportes no seu Instagram. Qual a importância do esporte na sua vida?

Paulo Baraona: Enorme, sempre fiz esportes a vida inteira e já há uns 8 a 10 anos, conheci o Crossfit e se tornou uma das minhas paixões. Este ano no Crossfit Games, que são desafios realizados de maneira igual no mundo inteiro, fiquei em décimo terceiro na América do Sul e em décimo no Brasil, o que pra mim é um orgulho muito grande. Além disso, o esporte é um equilíbrio para nós empresários, para esta vida estressante que levamos, então precisamos de um momento para extravasar, e a minha terapia hoje é o Crossfit.

Assista à entrevista completa de Paulo Baraona ao Programa Mundo Business

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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