Dados da Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, revelam que, entre os anos de 2020 e 2021, auge da pandemia da Covid-19, foram realizados mais de 7,5 milhões de atendimentos de telemedicina no Brasil. A assertividade e a praticidade do serviço foram determinantes para o sucesso da nova modalidade de atendimento, validada por pesquisa da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abrange), ao mostrar que 90% dos pacientes conseguiram resolver problemas de saúde sem sair de casa durante a pandemia. De olho nessa tendência, operadoras de plano de saúde reforçam investimentos em medicina remota.
A telemedicina avançou a passos largos durante o período mais grave da pandemia e hoje se mostra um dos principais legados desse período para a saúde brasileira. O atendimento médico remoto foi uma aposta do setor privado e em breve estará disponível na saúde pública. A Secretaria de Estado da Saúde autorizou neste mês a implantação do serviço de telemedicina pelo SUS.
Uma das operadoras de saúde privada que apostou no potencial da telemedicina mesmo após o fim das restrições sanitárias e sociais foi a SAMP, que segue realizando investimentos nessa modalidade. “A telemedicina traz a possibilidade de levarmos mais de 40 especialidades médicas a vários lugares”, destaca o diretor comercial e de marketing da SAMP, Fernando de Souza Aguiar.
Além da praticidade de poder se consultar com um especialista em sua própria casa, essa modalidade possibilita que pessoas que moram em cidades do interior, mais afastadas dos grandes centros, evitem um longo deslocamento para ter acesso à saúde.
“Essa tecnologia poupa não só o tempo do paciente, mas evita um custo com o deslocamento, por exemplo. Essa foi uma demanda que cresceu durante a pandemia, mas que continua crescente mesmo nessa fase de recuperação”, destacou.
Com a consolidação dessa modalidade de atendimento, as operadoras de saúde frequentemente oferecem aplicativos que permitem o acesso a consulta, solicitação de exames e outros serviços. Uma das apostas da SAMP foi um Pronto Socorro Virtual que funciona 24 horas por dia.
Além de reduzir custos de deslocamento do paciente, o menor custo para a operadora permite a não cobrança de coparticipação. “Os benefícios são muitos e contemplam tanto o beneficiário quanto o médico. Posso oferecer, por exemplo, uma gama maior de especialistas e sem precisar de uma grande infraestrutura. Como o custo operacional é menor, nós não cobramos coparticipação em telemedicina”, explicou o diretor.
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