Como as referências internacionais podem contribuir para a educação no Espírito Santo?
Apesar da pequena extensão territorial, o Espírito Santo tem uma grande relevância na indústria brasileira de Petróleo e Gás brasileira. Com uma participação de 8,4% na produção nacional de petróleo, o ES figura como terceiro estado com maior produção. O setor segue em pleno crescimento no estado e até 2025 vai receber R$ 8,1 bilhões em investimentos em sete projetos. Esses dados são trazidos pela 5ª edição do Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no Espírito Santo– divulgado nesta semana pela Findes por meio do Observatório da Indústria e do Fórum Capixaba de Petróleo, Gás e Energia.
Com uma participação de 25,4% do valor adicionado da indústria geral no Espírito Santo e mais de 11,6 mil empregados no Estado, o setor de petróleo e gás do ES tem grande destaque na economia local. Nos próximos anos, o setor de petróleo e gás será marcado pela queda de investimentos globais e a manutenção da produção em áreas priorizadas pelas grandes petroleiras.
O Espírito Santo será impactado pelos projetos prioritários das grandes petroleiras e também pelo novo mercado de pequenas e médias empresas atuando em novas áreas do setor, que investirão R$ 8,1 bilhão até 2025, segundo levantamento da 5ª edição do Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no Espírito Santo.
O investimento de maior destaque será da Petrobrás, na ordem de R$ 5 bilhões. “O investimento da Petrobras para interligação de uma nova plataforma offshore será de grande impacto para o setor de petróleo e gás e é considerada fundamental para amenizar as quedas da produção de petróleo no Estado”, avalia Gabriela Vichi, Gerente de Ambiente de Negócios do Observatório da Indústria.
Boa parte dos demais entrantes como Karavan O&G, a Imetame Energia, a Cowan Petróleo e a 3R Petroleum foram atraídos pelos planos de vendas de ativos da Petrobrás iniciado em 2015.
O Plano de Desinvestimento da companhia visa reduzir a dívida da empresa e maximizar os investimentos em ativos com maior rentabilidade. No total, foram ofertadas 50 áreas no Espírito Santo com 68% dos ativos com a venda concluída.
Espera-se que esse movimento possa dinamizar a produção futura, bem como a maior demanda por bens e serviços especializados da cadeia fornecedora do setor.
DESCOMISSIONAMENTO E OFERTA PERMANENTE– ENTENDA ESSAS OPORTUNIDADES
Soma-se a esse valor investimento das empresas no descomissionamento de instalações, ou seja, desativação de instalações de exploração. Ela ocorre ao final da vida útil de um campo e, consequentemente, demanda recuperação ambiental da área e destinação adequada de resíduos. No total, espera-se um total de R$ 2,4 bilhões de investimentos previstos para o Espírito Santo relacionados ao descomissionamento de 680 poços nos anos de 2022 a 2026.
Além desses aportes previstos e investimentos em descomissionamento, ainda existem oportunidades de exploração no Estado. Ao todo, 44 blocos exploratórios terrestres e marítimos no Espírito Santo estão em Oferta Permanente, podendo ser arrematados e explorados. Essas áreas receberam poucas perfurações no passado e, por isso, estão associadas a um maior risco exploratório devido à escassez de informações.
a) Petrobras
Valor: R$ 5 bilhões
Municípios: Anchieta, Piúma, Itapemirim, Marataízes e Presidente Kennedy
b) Karavan Oil and Gas
Valor: R$ 1 bilhão
Municípios: São Mateus, Conceição da Barra e Jaguaré
c) Shell Brasil
Valor: R$ 1 bilhão
Municípios: Anchieta, Piúma, Itapemirim, Marataízes e Presidente Kennedy
d) PetroRio
Valor: R$ 800 milhões
Municípios: Presidente Kennedy
e) ES GÁS I
Valor: R$ 260 milhões
Municípios: Espírito Santo
f) ES GÁS II
Muncípio: Linhares
Valor: R$ 40 milhões
g) Imetame
Valor: R$ 40 milhões
Municípios: Linhares
O Bandes, a consultoria Deloitte e a Findes se uniram para promover, durante 2022, a Jornada do Conhecimento, com um ciclo de palestras para apoiar o setor produtivo capixaba no cotidiano empresarial. A aula inaugural acontece amanhã (29), às 9h.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória