Empresária capixaba de moda vai expandir para os Estados Unidos
As exportações brasileiras de rochas ornamentais tiveram uma evolução de 8% no 1º trimestre deste ano frente ao mesmo período em 2021, acumulando um total de US$ 281 milhões em faturamento. A comercialização de chapas de granito foi destaque no período com alta de 62,2%, totalizando US$ 176,4 milhões em exportações, principalmente para os Estados Unidos. O Espírito Santo segue como líder absoluto de exportação de rochas no país, com cerca de 80% das vendas.
Além do crescimento de 8% na receita com exportação de rochas ornamentais, o 1º trimestre de 2022 também trouxe outro destaque: a evolução do preço médio dos materiais brasileiros, que teve aumento de 9,5% em relação ao 1º trimestre de 2021.
Segundo o presidente do Centrorochas, Tales Machado, a resiliência das indústrias foi importante no período. “As empresas do setor de rochas mostraram seu poder de reação frente a essa nova realidade do mercado internacional com grande variação cambial e oscilações frequentes no preço dos fretes marítimos”, alertou.
Entre os estados brasileiros com maior representatividade nas exportações nacionais, o Espírito Santo ficou em primeiro lugar, com 79,4% das exportações. Seguido pelos estados de Minas Gerais (11,8%) e Ceará (3,9%).
O maior comprador internacional de rochas brasileiras seguem sendo os EUA, que absorveram 72,5% de toda exportação nacional de materiais acabados. Para se aproximarem do mercado norte-americano, empresas capixabas voltaram a participar de feiras de rochas ornamentais no exterior, que foram suspensas durante a pandemia.
No início deste mês, a entidade que executa o projeto It’s Natural – Brazilian Natural Stone, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), levou 73 empresas do segmento para a Coverings, maior feira de revestimento na América do Norte. A participação do Brasil bateu recorde com a maior área total já ocupada pelo país dentre todas as edições do evento.
Mateus Vigna, diretor comercial da Gramazini, uma das empresas capixabas que participou da Coverings, destacou a importância das feiras para a reaproximação com clientes internacionais.
“O período pandêmico distanciou o nosso relacionamento com os clientes porque as feiras são os principais pontos de encontro com compradores. A Coverings foi um sucesso em termos de negócios para os produtores de rochas. Durante a semana do evento a Gramazini registrou um crescimento de 80% no volume de vendas semanal, que veio em linha com o bom resultado do primeiro trimestre”, comentou Vigna.
Segundo o presidente do Sindirochas, Ed Martins, o país que mais recebeu as exportações capixabas foram os Estados Unidos, o que reforça a importância da presença de empresas capixabas em feiras internacionais.
“De todas as rochas capixabas exportadas no primeiro trimestre deste ano, 64% tiveram os Estados Unidos como destino. Sessenta e uma empresas capixabas estiveram de 5 a 8 de abril no país, participando da Coverings 2022. A feira aconteceu em Las Vegas e marcou a volta dos eventos presenciais para o setor na região. Todos os empresários voltaram bastante satisfeitos e motivados com o resultado”, comemorou.
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