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Município com o maior PIB do Espírito Santo, a Serra é o berço de muitos empresários e empresas de sucesso. Um dos empreendedores mais tradicionais em atividade na Serra é Djalma Malta, que emprega 900 pessoas e fatura cerca de R$ 50 milhões por ano. Mas por trás dessa trajetória de sucesso, estão muitas derrotas, muitas vitórias e muitos aprendizados.
No Programa Mundo Business do último domingo, conversamos com Djalma sobre como os seus maiores erros trilharam o caminho para o sucesso.
Mundo Business: Como você começou a trabalhar?
Djalma Malta: Eu comecei a trabalhar aos 10 anos de idade em uma sapataria e aos 16 entrei em uma transportadora, onde era responsável pela área de relacionamento com clientes. Fui convocado para o serviço militar aos 18 e assim que saí fui trabalhar na empresa do meu irmão, com foco em prestação de serviços. O fato é que desde cedo sempre tivemos a vocação para prestação de serviços.
Mundo Business: Você começou a trabalhar cedo por vontade ou necessidade?
Djalma Malta: Meu pai não deixava ninguém dormir até tarde. Isso se reflete na minha rotina até hoje. Eu brinco que às 5 horas da manhã já estou suado e com fome. Meu pai influenciou minha vida de todos os meus 10 irmãos, foi um guerreiro.
Mundo Business: Qual a importância de trabalhar desde cedo com prestação de serviços?
Djalma Malta: Foi importante para a minha formação profissional, porque tinha um relacionamento próximo com os clientes e criei um senso de seriedade, preocupação com a prestação de serviços.
Mundo Business: Mas chegou em um momento em que você passou por uma situação desafiadora.
Sim, na época do plano cruzado, precisamente em 1987, as dificuldades econômicas do país contribuíram para a falência da empresa. Era uma época de preços crescentes por conta da inflação e uma tentativa do governo de congelar os preços. Apesar do processo de falência, fiquei com meu nome limpo e comecei a trabalhar por conta própria.
Mundo Business: Da falência ao sucesso, quais foram os aprendizados?
Djalma Malta: A falência me fez pensar onde eu poderia ser melhor, qual caminho eu poderia trilhar. Tive que entregar minha casa, as contas apertaram. Mas imediatamente resolvi dar a volta por cima.
Pensei nos erros do passado, como erros estratégicos e de controle e gestão. O aprendizado: não seja vaidoso em excesso, não seja orgulhoso. A vida é de simplicidade, servir ao próximo. O empresário não é dono de nada, produz toma risco mas não leva nada a não ser o prazer de gerar oportunidades.
Foi a partir desse processo de reflexão que surgiu a Dikma, empresa na qual atuo até hoje. Dado que eu tinha histórico de prestar serviços com responsabilidade e qualidade, meus clientes do passado abriram as portas para mim
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