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A corrida das varejistas pela entrega mais rápida do Brasil ganha mais um capítulo– e o Espírito Santo é o palco da vez. A varejista brasileira Magazine Luiza, dona de uma receita anual na casa dos R$ 9,4 bilhões, anunciou na tarde de ontem que dará início às atividades de seu centro de distribuição em Viana. A empresa da família Trajano investiu cerca de R$ 2 milhões e estima gerar 45 empregos no primeiro momento. Sobre o assunto, conversamos com Luís Fernando Kfouri, diretor de logística da Magalu.
A Magazine Luiza opera 1.481 lojas físicas, distribuídas por mais de 830 cidades em 21 estados. Para abastecer esses pontos, dois novos Centros de Distribuição (CDs) foram abertos em 2021, totalizando 26 CDs localizados em diferentes regiões do País. A logística da empresa conta com a Malha Luiza, a Logbee e a GFL, compondo um total de cerca de 8.200 motoristas.
Pelo Brasil, a Magalu usa suas lojas como centros de distribuição e, assim, se preocupa apenas com a “última milha” da entrega. No Espírito Santo, porém, a varejista não conta com lojas físicas.
Esse movimento de expansão dos investimentos em logística é um dos reflexos da disputa pela entrega mais rápida, travada por varejistas como Via Varejo, Magalu, Mercado Livre, Americanas e Amazon no Brasil.
E essa briga está cada vez mais acirrada, afinal, na internet, a diferença de um dia no prazo de entrega pode ser um fator decisivo para atrair ou afastar um consumidor– e também para agradar os acionistas.
Segundo o diretor de logística da Magalu, Luís Fernando Kfouri, o novo CD de Viana vai fortalecer a cadeia logística da empresa no estado e em regiões vizinhas em outros estados.
“O Espírito Santo é um importante ponto logístico para nossa operação, principalmente em relação ao e-commerce do Magalu. Por isso, inaugurar esse centro de distribuição em Viana trará benefícios não só aos nossos clientes do estado, mas também para as regiões vizinhas como o sudoeste de Minas Gerais e o norte do Rio de Janeiro. Fazer esse investimento faz parte do nosso compromisso em ter a entrega mais rápida do Brasil”, afirmou o diretor.
Com esse mix de infraestrutura e localização privilegiada no mapa nacional, assistimos à chegada de empresas nacionais e multinacionais– um movimento que deve ganhar cada vez mais força daqui em diante.
Além desses, doutro fator que atraiu a Magalu para o Espírito Santo foi o incentivo fiscal Compete-ES, que reduz a alíquota do ICMS para empresas de diversos segmentos, dentre elas e-commerce e atacadistas.
Arísio Tessarolo, CEO da Tess Contabilidade explica as vantagens desse programa fiscal. “O Compete-ES é, sem dúvidas, um fator importante na captação de investimentos para o Espírito Santo, uma vez que aumenta a competitividade das empresas que detém o benefício. Aplicado ao setor atacadista esse incentivo reduz o valor do ICMS de 12% para apenas 1,14%, quando a venda é feita para outras empresas”.
“Já o Compete-ES aplicado ao e-commerce traz essa mesma redução, porém ele abarca tanto o modelo de vendas entre empresas, o chamado B2B, quanto a venda para o consumidor final pessoa física”, completa.
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