Maio 2022
29
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Maio 2022
29
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Número de hospitais da Kora cresceu 60% em um ano

A Kora Saúde, um dos maiores grupos hospitalares do Brasil, vem crescendo aceleradamente desde seu IPO em agosto de 2021.

Entre o primeiro trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022, a companhia, que começou com o Hospital Meridional, em Cariacica, aumentou seu número de hospitais de 10 para 16 e praticamente dobrou seu número de leitos totais, que foi de 1.002 para 1.956. Nesse período, a Kora se tornou um dos principais players de saúde na região Centro-Oeste com a compra de três hospitais de alto padrão que contam com um total de 554 leitos.

Junto ao crescimento da rede hospitalar, a Kora aumentou seu ticket médio em 31% em um ano (um leito fatura R$ 4.378 por dia), bem como o volume de internações (pacientes por dia), que subiu 69% em um ano.

Após a divulgação desse resultado, a KRSA3 chegou a acumular uma alta de 22%. Na data de fechamento desta matéria, no entanto, a ação acumula uma queda de quase 60% desde a sua estreia na bolsa.

Afinal, ao que se deve essa queda tão expressiva?

Porque a ação da Kora cai apesar dos bons resultados?

Para Vinicius Torres, da Apx Invest, a ação cai por conta da piora no cenário global e a redução dos ânimos com os grandes players de saúde.

— Quando a empresa fez seu IPO em agosto de 2021, o mercado estava próximo ao seu topo histórico. Desde então, a deterioração do cenário global fez o Ibovespa cair por volta de 15%, sendo que empresas com menor liquidez e capitalização de mercado sofreram. Além disso, a percepção de que as empresas do setor de hospitais estavam com o valuation um pouco elevado acentuou o movimento de queda em 2021. A Rede D´Or, par da Kora Saúde na bolsa, também caiu 60% desde agosto– avalia Vinicius.

– O segundo motivo, é que muitas empresas de rápido crescimento [que o mercado nomeia de ‘growth’] sofreram descontos expressivos com o aumento de juros da economia brasileira. Isso porque o custo de capital aumenta e, como consequência, há uma redução do valor presente do fluxo futuro das companhis. Apesar dessa queda expressiva, a Kora mostra sinais de recuperação, tendo uma alta de cerca de 50% da sua mínima histórica, há um mês– completa.

Veja também

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

Pular para a barra de ferramentas