No início deste ano a MedSênior– plano de saúde para a terceira idade fundado no Espírito Santo– recebeu o primeiro sócio fora da família fundadora desde sua fundação: o Fundo Soberano de Cingapura (GIC). No evento #BuyES, realizado para promover investimentos no Espírito Santo na sede de um banco de investimentos em São Paulo, o vice-presidente da companhia, Maely Filho, contou detalhes sobre o que motivou a escolha do fundo asiático como sócio e quais mudanças a empresa está vivendo após cinco meses da investida internacional.
No mercado desde 2010, a operadora de planos de saúde capixaba MedSênior possui unidades em seis estados do país e tem atuado com um plano de expansão que tem como meta alcançar 1 milhão de vidas em 2030.
Desde a fundação até o início deste ano, o crescimento do plano de saúde foi conduzido exclusivamente pela família Maely. Esse foi um dos principais motivos que atrasou a chegada de sócios investidores na empresa.
“Sempre fomos procurados por investidores interessados em adquirir participação na MedSênior. Alguns, inclusive, queriam comprar o controle. Mas o nosso controle nunca esteve à venda porque não queremos perder a essência”, disse Maely Filho durante o evento #BuyES.
“Após uma oferta de aquisição generosa, o investidor lançou o seguinte argumento: imagine quantas gerações da sua família poderiam viver sem trabalhar. Respondi: mas quem disse que a gente quer parar de trabalhar”, completou Maely, aos risos.
A entrada no primeiro sócio externo na companhia aconteceu em janeiro de 2022, quando o Fundo Soberano de Cingapura adquiriu uma participação, mas não o controle, da MedSênior. Maely Filho falou sobre os motivos que levaram à entrada do primeiro sócio externo na empresa.
“Estávamos em busca de um sócio estratégico que, além do investimento, contribuísse para o processo de amadurecimento e crescimento da empresa, que está diretamente ligado à transformação digital”, pontuou.
Cinco meses após a entrada do fundo asiático, Maely relata mudanças na estrutura da companhia. “Tivemos uma grande evolução na governança, montamos comitês de acompanhamento e a troca de experiências. Passamos por um processo de amadurecimento acelerado”, contou o vice-presidente da MedSênior.
Com investimentos em expansão– neste ano foram anunciados R$ 20 milhões– e tecnologia, o sonho grande da MedSênior é abrir capital na bolsa americana. “Eu disse aos investidores: vocês compraram uma operadora de saúde e vamos entregar uma healthtech que vai ter seu IPO [oferta inicial de ações] na Nasdaq [bolsa americana de tecnologia]”, encerrou.
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