'Inovação pode transformar realidade social e econômica do Espírito Santo', afirma Francisco Carvalho
O Lifepet, plano de saúde animal fundado no Espírito Santo, está conversando com investidores institucionais de todo o país em busca de recursos para financiar sua expansão nacional. O modelo de negócio da startup é baseado no ´phygital´, que combina a infraestrutura física (hospitais, clínicas e consultórios veterinários) e tecnologia, com aplicativo para tutores de pets com diversos serviços para gestão da saúde dos pets e também uma carteira digital. A seguir, conversamos com Thiago Batista, CEO e co-fundador da Lifepet, sobre os próximos passos da empresa.
Hoje, um em cada dois domicílios tem um animal como cachorro ou gato e esse número vem crescendo ano a ano. São mais de 140 milhões de pets nas residências brasileiras.
Surfando nessa tendência, o mercado pet também vem apresentando crescimento robusto. O segmento de produtos e serviços para animais cresceu 27% em 2021 com faturamento de mais de R$ 50 bilhões.
No Espírito Santo, o plano de saúde para animais Lifepet busca aumentar sua participação nesse mercado gigante.
Após passar por duas rodadas de captação de recursos e validar seu modelo de negócios do ponto de vista de satisfação do cliente e de rentabilidade, a Lifepet quer levantar um volume de recursos na casa das dezenas de milhões de reais através da venda de participação da empresa.
Os recursos, segundo Thiago Batista, serão aplicados para consolidar a presença em outros estados do país.
deverá construir novos hospitais veterinários e laboratórios nessas, investir em tecnologia, crescimento da base de clientes e principalmente, valorização parceiros veterinários. “Nosso objetivo reforçar nossa excelência de serviços para nossos clientes, oferecer recursos de ponta para o bem-estar e saúde dos pets, e ainda, a maior remuneração do país, neste segmento, para os veterinários parceiros”.
Para Thiago, o modelo de negócios da Lifepet deve ser bem aceito por investidores por conta da ausência de empresas médias desse segmento.
“Hoje temos dois concorrentes principais que já foram adquiridos por grandes empresas. Não enxergamos nenhum outro concorrente médio, de alto crescimento, que tenha espaço para receber novos sócios investidores, especialmente institucionais”, disse o CEO da Lifepet.
Se os planos da empresa se concretizarem, ela deverá ser avaliada em nove dígitos pós-captação, ou seja, pelo menos R$ 100 milhões de reais, comparando com outras startups com características semelhantes que receberam investimento recentemente.
Nesta semana a Kora Saúde (KRSA3)– conglomerado hospitalar que nasceu em Cariacica como Rede Meridional– convidou pela primeira vez seus principais investidores para visitar seus hospitais desde a abertura de capital na bolsa. O tour começou em Vitória, com representantes do BTG Pactual, XP Inc, Bradesco, Itaú e Leblon Equities, Fourthsail, Mar Asset e Equitas. Essa série de visitas acontece num momento em que os bons resultados financeiros da Kora não são refletidos no preço das ações, que caem quase 60% desde o IPO.
Gabriel Bastos, analista da gestora Leblon Equities, analisa o momento da companhia. “Apesar das melhorias operacionais reportadas, é normal que o ambiente político, indicadores macroeconômicos e dinâmicas setoriais acabem impactando o apetite a risco dos investidores. Acreditamos que no longo prazo fatores como esses acabam pesando menos e o preço da ação acaba refletindo de forma mais justa a geração de valor criada”
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