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O trecho de 80 quilômetros da ferrovia EF-188, que ligará os municípios de Anchieta e Presidente Kennedy, no litoral sul do Espírito Santo, poderá receber financiamento do Governo Federal na ordem de R$ 1,5 bilhão. A Senadora Rose de Freitas (MDB-ES) propôs incluir essa garantia na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2023 como meta a ser cumprida pela União no orçamento do ano que vem. Uma das justificativas para a proposta é que Kennedy receberá o Porto Central em Kennedy, um dos maiores da América Latina, e a ferrovia é fundamental para a cadeia logística do terminal.
A EF-118 ligará o Rio de Janeiro ao Espírito Santo e permitirá a integração de hubs logísticos importantes como o Porto de Açu e o Porto Central. As obras do primeiro trecho da ferrovia, saindo de Vitória até Anchieta, serão custeadas pela Vale. Já o financiamento do trecho que vai de Anchieta até o extremo sul do estado ainda está em aberto.
A construção desse segundo ramal da EF-118 poderá ganhar reforço do Governo Federal em 2023. Apesar de a Lei Ferroviária, editada em 2021, permitir que uma empresa privada requeira a construção de um trecho de uma ferrovia, a Senadora Rose de Freitas quer a participação do Governo Federal nesta conta. Afinal, o trecho Anchieta-Kennedy vai dar suporte a um dos maiores portos da América Latina.
Após isso, ficaria a cargo do setor privado os investimentos para adequação e ampliação da malha ferroviária.
O Scretário de Desenvolvimento de Presidente Kennedy, Flávio Mattos, avalia positivamente os recursos federais, mas não descarta aportes privados.
“Olhamos com otimismo a possibilidade de um investimento público. De outro lado, também existe a prospecção de aportes privados para a construção do ramal ferroviário. Dentre as duas opções, vamos optar sempre pela que dê mais velocidade às obras. Nesse sentido, mudanças políticas podem impactar o andamento da ferrovia”, pontua.
O Presidente do Conselho da empresa responsável pelo desenvolvimento do Porto Central, José Maria Novaes, afirma que existe uma pressão de diversos estados para viabilizar recursos federais para construção de ferrovias.
“Hoje, a União prioriza investimentos ferroviários na Bahia e no Centro-Oeste. Trazer esse recurso para o Espírito Santo terá grande relevância para dinamizar a economia da região, já que a região Sul do Estado não é atendida por uma ferrovia”, afirmou.
As obras do Porto Central estão previstas para iniciar em setembro. A primeira fase da construção compreende desde o desmatamento até dragagem de canais profundos. Essa estrutura vai demandar um investimento de R$ 2,5 bilhões e três anos para ser finalizada. A conclusão do Porto Central demandará um total de R$ 3,5 bilhões a R$ 4 bilhões.
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