Jul 2022
9
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Jul 2022
9
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

"Não tem como inovar sem discutir diversidade", defende Cátia Horsts

Mundo Business: Quais características você espera ver nas startups que participarão do reality?

Cátia Horsts: Espero ver startups com um propósito para além do negócio. Claro, a empresa precisa ser viável e lucrativa, mas é importante que tenha objetivo de impactar positivamente saúde, o meio ambiente, a qualidade de vida das pessoas, porque essa é uma característica das empresas que cresceram. Isso é o que chamamos de capitalismo consciente.

Como você enxerga que o empreendedorismo vai gerar oportunidades no Espírito Santo?

Muitas vezes falamos que o os brasileiros são empreendedores, mas na verdade trata-se de um empreendedorismo de necessidade. Mas é importante entender que essas iniciativas que surgem pela sobrevivência podem virar negócios grandes. Vejo uma oportunidade no Espírito Santo de olhar para talentos e dar oportunidades e incentivos para ajudá-los a crescer. O empresariado tem contribuído muito nesse sentido, gerando conexões com essas empresas através da inovação aberta.

Quais são os tipos de startups que você tem mais interesse em acompanhar e investir?

Quando penso em investir, olho muito para startups de finanças, recursos humanos e serviços. De forma geral, a tecnologia aplicada aos serviços é o que mais chama a minha atenção porque reduz a burocracia, elimina o humano de processos repetitivos e garante uma melhor experiência para o consumidor.

No seu ponto de vista, qual é o maior desafio para haver inovação nas empresas?

O maior desafio é cultural, principalmente na forma com que as lideranças enxergam os erros. Se o erro serve como aprendizado, surge uma oportunidade para a inovação, mas muitas vezes o erro é penalizado. Quando não se pode errar, testar e questionar as empresas freiam uma série de possibilidades de inovação. Além disso, não tem como inovar sem discutir diversidade, seja de classe social, religião, sexo.

Jurado acredita no protagonismo nacional do ES quando o assunto é inovação

O Superintendente Operacional do Sicoob ES, Alecsandro Casassi, também é um dos jurados do Espírito Startups. Nos últimos anos, o Sicoob ES acelerou e apoiou o crescimento de diversas startups, dentre elas a vencedora da primeira temporada do Espírito Startups, a Conta Café.

Ele projeta que nos próximos dez anos, o Espírito Santo será protagonista no cenário de inovação nacional. “Entendo que o Espírito Santo pela sua geografia, quantidade de habitantes e a cultura de cooperação entre instituições sociais, de educação, setor produtivo, setor público e hubs de inovação, tem grande oportunidade de se destacar no cenário nacional como o estado líder em inovação nos próximos 10 anos”, afirmou Alecsandro.

Para quem é costume lidar com financiamento de projetos e investimentos, ele acredita que o estado tem grande potencial de investir em projetos inovadores. ”

temos que ter em mente que o dinheiro será sempre escasso, porém no estado contamos com o fundo de investimento em startups, também temos instituições financeiras com suas linhas de crédito e fundos de investimentos privados. Acredito que sempre haverá interessados em investir em boas ideias e oportunidades, principalmente quando é observado no empreendedor sua capacidade de execução, ou seja, de implementar o projeto”, conclui o Superintendente do Sicoob ES.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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