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Na semana em que divulgou a aquisição de três laboratórios capixabas (Centrolab, Labortel e São Marcos) por R$ 100 milhões, o Laboratório Tommasi também anunciou a estruturação de seu novo centro de produção, onde serão realizadas as análises clínicas de toda a rede. Trata-se do imóvel onde até então operava a Grafitusa, às margens da avenida Norte-Sul, em Jardim Camburi, em Vitória. As informações foram confirmadas pelo diretor de operações do grupo, Bruno Tommasi.
O imóvel da Grafitusa foi escolhido por ter a estrutura bem similar ao que é necessário para montar um centro de produção (jargão que o setor de laboratórios usa para designar o local onde é feito o processamento dos exames) e também por ser maior que o atual imóvel do Tommasi em Jardim Tropical, Serra. Só de área construída, são 3,5 mil m2.
De Jardim Camburi, o Tommasi espera processar os exames de toda a sua rede original e dos laboratórios adquiridos, que tem unidades do Norte do Rio de Janeiro ao Norte do Espírito Santo.
Considerando apenas as unidades originais do Tommasi, a demanda gira em torno de 6 milhões de exames por ano. Com as recentes incorporações e os novos convênios e clientes que vêm juntos esse número vai crescer rapidamente na ordem de milhões. Daí a necessidade de pensar na estrutura física do grupo.
Na avaliação Bruno Tommasi, todo esse investimento– em aquisições e nova estrutura– tem um retorno esperado. Ele explica: o crescimento do número de unidades no grupo e consequentemente do número de exames realizados vai tornar as operações mais eficientes e reduzir drasticamente os custos em algumas verticais.
No economês, chamamos isso de ‘ganho de escala’.
“Com a produção de exames das diferentes redes que incorporamos centralizada em Jardim Camburi, vamos enxugar o custo dessa operação em 30% e da parte administrativa em 40%”, calcula Bruno.
O custo com transporte de exames também deve cair, segundo o diretor. Hoje os exames são coletados em regiões como o Norte do Espírito Santo e transportados para a análise em Vitória. Com mais exames em cada ‘cooler’, o custo de transporte por unidade cai.
Exames de baixa demanda, que eram terceirizados para uma empresa em São Paulo, passarão a ser realizados no centro de produção de Vitória. Novamente, por conta da escala.
Apesar da centralização do processamento de exames, o padrão de atendimento ao cliente em cada rede segue o mesmo em cada rede– mesmo após a incorporação, as redes permanecem com o mesmo nome e formato.
“O Tommasi segue com atendimento e estrutura premium, que gera mais custos que as outras redes que adquirimos. Na base temos o Labortel e no meio da pirâmide o Centrolab e São Marcos. Mas teremos o mesmo padrão de processamento dos exames para todos– o que muda é a interação com o cliente na ponta”, disse o diretor do Tommasi.
A Grafitusa, gráfica centenária que até então opera em Jardim Camburi, está construindo um galpão no Civitt 2 para abrigar sua linha de produção.
A mudança tem seus motivos, apontou um dos sócios da Grafitusa. A queda do atendimento presencial e a dificuldade da circulação de grandes caminhões dentro do bairro justificou a opção por um bairro tipicamente industrial.
A nova planta da Grafitusa terá uma área construída de 2,5 mil metros quadrados quando finalizada.
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