Bandes recebe nota 'AA' de agência de classificação de risco e mira novas operações internacionais
Parecia promoção, mas não era. Fundada em 2011 no Espírito Santo, a lanchonete Zé Coxinha ficou conhecida por vender o copo com 15 unidades de salgados pela bagatela de R$ 1,00. No auge, a rede chegou a 50 unidades em quatro estados, mas problemas internos levaram à queda de receitas e ao fechamento de diversos pontos. Quando foi vendido para a Nazca, em 2021, o Zé Coxinha caiu para 31 unidades. Mas o olhar agora é para o crescimento: sob o novo comando, a meta é chegar a 400 unidades e R$ 200 milhões de faturamento anual em 4 anos.
A desenvolvedora de negócios capixaba Nazca, que tem como sócio o empresário Leonardo de Castro, buscava um novo investimento no ramo de alimentação quando adquiriu a rede de lanchonetes Zé Coxinha em 2021.
O que a investidora encontrou foi um negócio com um enorme potencial de crescimento– afinal, tem um produto popular e operação simples– mas com uma série de problemas operacionais e de qualidade.
Sob o comando do novo CEO, Paulo Melo, que acumula 15 anos de experiências em grandes franqueadoras, o Zé Coxinha está se preparando para dar a volta por cima.
A rede investiu R$ 2 milhões para reestruturar a indústria (a fabricação de salgados é centralizada na Serra), formatar um novo layout de loja e aprimorar os processos de qualidade e segurança alimentar. A ideia é atingir um público maior.
“O Zé Coxinha se estabeleceu como uma lanchonete popular, mas quer atingir outros públicos, inclusive aqueles com maior poder aquisitivo”, disse o CEO Paulo Melo.
Com a operação azeitada e pronta para ser franqueada em larga escala, a meta é chegar a 400 unidades espalhadas pelo Brasil em quatro anos (hoje são 36).
Os franqueados desembolsam em média R$ 130 mil para abrir sua unidade do Zé Coxinha, esperando faturar entre R$ 43 mil e R$ 47 mil por mês. Com uma margem de 15% para o franqueado, o investimento se paga em um prazo de 18 a 20 meses.
A partir desses números, a rede projeta uma receita de R$ 200 milhões por ano apenas com lojas de rua, sem considerar os quiosques em shoppings center– que são mais rentáveis e podem ter receita até duas vezes maior.
“Acabamos de inaugurar um quiosque no Shopping Vila Velha. Esse modelo vai permitir que a franquia tenha uma capilaridade e tenha entrada em diversos os shoppings ao redor do Brasil, aumentando a capacidade de expansão para além das lojas de rua”, completa o CEO do Zé Coxinha.
Para quem ficou com a dúvida na cabeça: a menor porção de coxinha não sai mais por R$ 1,00. Passou para R$ 3,90. “A qualidade que o produto ganhou compensa o valor”, garante Paulo.
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