Três startups capixabas disputam hoje investimento de R$ 500 mil
A pesquisa global NextGen 2022, desenvolvida pela PwC, indicou que a expansão para novos setores e mercados é vista como prioridade por 56% da próxima geração de líderes de empresas familiares brasileiras. O levantamento destaca que a preocupação de garantir a prosperidade e o patrimônio da família é maior no Brasil do que em outros países: globalmente, 47% dos sucessores se enxergam responsáveis nesse mesmo sentido. No Espírito Santo, a Marca Ambiental é um exemplo de empresa familiar que busca continuamente crescimento.
“A pandemia acelerou mudanças e a transição de poder em muitas empresas familiares. A pesquisa mostra o desejo da futura geração de líderes em aprender novas competências para impulsionar o crescimento dos negócios em tempos tão incertos e o compromisso deles com a construção da confiança, algo que é uma marca registrada dessas empresas”, afirma Carlos Mendonça, sócio e líder de Serviços para Empresas Familiares da PwC Brasil.
Esse é o caso da Marca Ambiental, empresa capixaba de tratamento de resíduos que passou por um processo de transição de gerações e busca cada vez mais crescimento. Gustavo Ribeiro, que assumiu o cargo de diretor da companhia, quer torná-la uma referência nacional.
“Em 2017 reformulamos nosso planejamento estratégico e colocamos o objetivo de ser a melhor e mais completa em soluções ambientais a nível nacional. Além disso, temos em nosso propósito ser a melhor empresa no segmento com referência em indicadores das maiores do setor do Brasil”, disse.
A pesquisa mostra que, para as novas gerações , o crescimento por si só não é suficiente para manter a sobrevivência dos negócios. Políticas ESG (práticas ambientais, sociais e de governança corporativa, em inglês) são fundamentais para atrair investidores e consumidores. Adotar ações em prol do combate às mudanças climáticas é visto como uma das principais responsabilidades por 72% dos sucessores brasileiros. Globalmente, essa percepção diminuiu para 47%.
Nos últimos quatro anos, essa também tem sido prioridade da Marca Ambiental. “Conseguimos trazer diversas soluções para valorização dos resíduos, ou seja, transformamos o lixo em produto retornando com ele para o mercado, fechando um ciclo de geração, consumo e descarte (que agora é valorização). Criamos um parque de eco indústrias ou popularmente “shopping do lixo” que contém 11 empresas voltadas para a valorização de resíduos”, explica.
Mesmo com essa percepção, implementar práticas ESG é visto como um desafio para essa futura geração; Os dados da pesquisa NextGen mostram que é preciso alcançar emissões líquidas zero, gerenciar as novas tendências da força de trabalho, à medida que enfrentamos “a grande onda de pedidos de demissão”, e identificar novos mercados em um mundo pós-pandemia.
“Em um cenário marcado por incertezas de todos os tipos, guerras, crises sanitárias e econômicas, mudanças climáticas, as empresas familiares precisam estar prontas para reagir e se adaptar rapidamente. A futura geração de líderes entende esse desafio e é capaz de perceber o vínculo existente entre as perspectivas de crescimento do negócio e as questões ESG”, pontua Helena Rocha, sócia da PwC Brasil.
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