Anitta deixa o conselho do Nubank; qual foi a importância da artista para o banco?
O ano de 2021 foi um ano de euforia para o mercado imobiliário do Brasil e do Espírito Santo. Naquele ano, o número de vendas de novos imóveis cresceu 12,8%, em comparação com o ano de 2020, motivado por juros habitacionais baixos, geralmente abaixo dos 7% ano ano. Com a alta da Selic de 2% para 13,25% do ano passado até hoje, o financiamento de imóveis subiu e gerou preocupações dos empresários do mercado imobiliário. Mas quem atua na corretagem de imóveis afirma que o segmento de alto padrão não parou, apesar da queda de vendas no médio e baixo padrão.
De janeiro de 2021 para cá, a Selic saiu de 2 para 13,25%, o que elevou a taxa de juros do financiamento imobiliário da casa dos 6,8% ao ano para variações entre 8,16% a 9% ao ano.
Paralelamente à elevação da taxa Selic de 2022, a Caixa Econômica, que manteve suas taxas de juros do crédito habitacional congeladas de janeiro até aqui, elevou a sua taxa de financiamento habitacional para 8,95% ao ano.
Os juros mais altos são um dificultador para quem quer financiar a casa própria. Além do aumento do valor da parcela, aumenta a exigência da renda familiar para o banco conceder o mesmo empréstimo. Os principais afetados são as famílias de classe média e média baixa, que buscam apartamentos de médio e médio baixo padrão.
Do outro lado dessa história, estão os consumidores de imóveis de alto padrão que têm enxergado a alta da Selic como oportunidade de potencializar seus ganhos em suas aplicações financeiras e utilizar o bom momento para aquisição de imóveis à vista ou até mesmo financiados.
Daniel Aoni, diretor da Aoni Imóveis, comenta que muitas vezes o capital aplicado pelo cliente no mercado financeiro tem bancado o valor das prestações do empréstimo imobiliário e que isso tem facilitado a realização das aquisições.
“Alguém que quer adquirir um imóvel de R$ 500 mil pode aplicar esse recurso na renda fixa a uma taxa de 13% ou 14% ao ano e contrair um financiamento a cerca de 9% ao ano. Assim, é possível pagar as parcelas sem tirar um real do bolso, e ainda ter uma renda maior”.
Segundo um cartório de Vitória, o número de escrituras lavradas este ano, para imóveis do segmento de médio e alto padrão– imóveis em regiões mais nobres, com preço na casa dos milhões– superam com folga as demais categorias.
E não faltam exemplos: recentemente, uma cobertura na Praia do Canto foi vendida na planta a um valor de mais de R$ 12 milhões, com metro quadrado na casa dos R$ 23 mil. Recordes sendo batidos no alto padrão mesmo em meio a um cenário de juros mais altos.
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