Ago 2022
15
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Ago 2022
15
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Demanda de corpos moedores no Brasil é de 213 mil toneladas por ano

Sem as esferas metálicas chamadas de corpos moedores, não é possível processar minério ou cimento, e nos piores cenários, uma indústria do porte da Nassau e Vale pode ficar desfalcada.

No Brasil, existem apenas dois fornecedores de corpos moedores: um nacional e outro estrangeiro.

O grande problema desse duopólio, além dos preços altos, é que não existem alternativas caso essas empresas tenham dificuldades de fornecer as esferas de moer. Hoje, a demanda brasileira é de 213 mil toneladas por ano.

Insatisfeitos com esse cenário, um grupo de investidores liderado pelo engenheiro Marconi Alves  vai investir R$ 20 milhões para entrar nesse mercado altamente concentrado.

O grupo vai instalar a fábrica de corpos moedores Rio Doce, que terá a capacidade de fornecer até 12 mil toneladas do insumo por ano.

Dentre os investidores estão Giovani Benetti, da Uai Cimentos, e Rodrigo Miranda, co-fundador e CEO da Zaitt. A captação de recursos é liderada pela Rasta Capital.

“Por atuar no ramo de cimentos e investidor de empresas de tecnologia, me senti motivado a entrar no projeto. Pelo potencial do negócio, vejo a possibilidade de um IPO da empresa na próxima década”, disse Benetti.

Rio Doce espera atingir um faturamento de R$ 120 milhões

A indústria será instalada em um terreno de 115 mil metros quadrados no polo industrial de Bebedouro, em Linhares, e empregará 200 pessoas. Com uma produção na casa de 10,5 mil toneladas por ano, a expectativa é faturar R$ 120 milhões apenas com a primeira planta.

Segundo Marconi Alves, grandes indústrias que compram corpos moedores estão acompanhando o andamento do projeto, esperando poder contar com os insumos da Rio Doce.

A expectativa é ter um preço competitivo com relação aos concorrentes. Devido aos incentivos fiscais Investe-ES, do governo estadual, e da Sudene, ambos disponíveis em Linhares, a Rio Doce terá uma tributação significativamente menor que seus concorrentes em termos de ICMS e IRPJ.

“Os incentivos fiscais nos tornam mais competitivos no mercado nacional. Mas além disso, Linhares tem boa disponibilidade de mão de obra, infraestrutura e oferece condições para todos os níveis da empresa viverem: desde o diretor até o colaborador do chão de fábrica”, detalha Marconi.

Veja também

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

Pular para a barra de ferramentas