Ago 2022
29
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Projetos eólicos no ES devem chegar à casa dos bilhões de reais

O novo Atlas Eólico, desenvolvido por parceria técnica entre o Governo do Estado com a Embaixada da Alemanha, traz mais animadores do que o levantado em 2009, que apontava pouco mais de 4 GW de potência eólica disponível.

O levantamento indica que o potencial estimado de geração eólica do Estado é de 142 GW no mar e 18,3 GW na terra, considerando regiões com ventos de 23 km/h a 100 metros de altura.

Com a disponibilização de forma digital dos dados geográficos, das estatísticas e das ferramentas de medição sobre energia eólica onshore e offshore disponíveis no Espírito Santo, a expectativa é que futuros investidores se aprofundem nas informações e decidam efetivamente investir na geração de energia renovável em território capixaba.

Grupos brasileiros e europeus já demonstraram interesse em investir e quatro empresas já apresentaram projetos para explorar o litoral capixaba: Votu Winds, Bluefloat Energy Shell e Geradora Eólica Brigadeiro II.

O desenvolvimento desses projetos demanda investimentos na casa dos bilhões. A Votu Winds, por exemplo, projeta um parque com potência instalada de 1,5 GW e deve investir R$ 20 bilhões no projeto, contando com aporte de fundos de investimentos nacionais e internacionais.

Segundo Thierry Dor, sócio da Votu Winds, os investimentos dependem da aprovação do Projeto de Lei 576/2021, que dá as diretrizes para a exploração do potencial energético no mar.

Parques eólicos vão estimular a produção de hidrogênio verde no Espírito Santo

A quantidade de energia que os parques eólicos podem gerar no Espírito Santo é colossal levando em conta a demanda do estado. Hoje, a maior hidrelétrica do Espírito Santo, a Central Hidrelétrica de Alegre, tem uma capacidade instalada de 330 MW, o equivalente a 0,33 GW. Isso desafia os investidores a buscarem consumidores no mercado capixaba e em estados vizinhos.

A grande vantagem do Espírito Santo é que está geograficamente mais próximo de grandes centros consumidores como Rio de Janeiro e São Paulo do que estados do nordeste que também produzem energia eólica. Lá, a sobreoferta de energia eólica resultou até na paralisação de alguns parques de geração que não encontram compradores.

Além da comercialização da energia de origem eólica no Mercado Livre de Energia, um dos principais interesses na energia eólica é a geração de hidrogênio verde– um termo sempre presente quando se trata de transição energética.

O hidrogênio é um combustível obtido através da separação de duas moléculas de água (H2O) em duas moléculas de gás hidrogênio (H2) e uma de gás oxigênio (O2) através de uma reação de eletrólise, que é  induzida por energia elétrica. Quando essa energia é proveniente de fontes renováveis, como solar e eólica, o hidrogênio é chamado de verde.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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