Aceleradora global seleciona capixaba Yooga dentre as startups que mais crescem no mundo
Uma proposta do Ministério de Minas e Energia (MME) prevê que todos as empresas conectadas em redes de média e alta tensão – o que representa aproximadamente contas de energia acima de R$ 10 mil por mês -, possam optar pela compra de energia elétrica no mercado livre de energia, onde a eletricidade custa até 40% menos. Hoje, apenas consumidores de alta tensão, com conta de energia de no mínimo R$ 40 mil, podem acessar essa modalidade. No Espírito Santo, se aprovada a medida, 2.250 unidades consumidoras de média tensão poderão migrar para o mercado livre de energia. Hoje, 698 empresas já acessam esse mercado no estado.
A abertura dos limites para migração de consumidores para o mercado livre de energia está sendo discutida em uma Consulta Pública (nº 131/2022), liderada pelo Ministério. Se aprovada, consumidores que optarem consumir energia pelo mercado livre podem ter uma economia de até 40% na conta de luz das indústrias, segundo dados da Abraceel.
Desde 2003, as residências e empresas brasileiras já desperdiçaram R$ 152 bilhões de reais por não estarem consumindo energia livremente no Mercado Livre de Energia, segundo a ferramenta Desperdiçômetro, criada pela Clarke- startup que conecta consumidores com fornecedores de energia do mercado livre.
“O mercado livre é o camarote das grandes empresas. Elas têm acesso a esse importante fato de competitividade que os pequenos empresários. A ampliação do número de empresas aptas a consumir energia no mercado livre vai beneficiar a cadeia como um todo com redução de custos, que se reflete em redução de custos para o consumidor”, afirma Pedro Rio, CEO da Clarke.
Segundo Pedro, empresas como postos de gasolina, padarias e lojas de grande porte, por exemplo, poderão acessar o mercado livre de energia a partir da aprovação dessa proposta.
A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) considera que discutir o tema energia e propor melhorias é fundamental, uma vez que esse é um dos principais insumos da indústria brasileira. O segmento é o principal usuário de energia do país, representando 32,1% do consumo energético no Brasil.
Dessa forma, a Findes participou ativamente da Consulta Pública e apoia a aprovação integral da proposta. Para o vice-presidente da Findes e presidente da Câmara de Mineração, Tales Machado, a Consulta Pública apoiada pela Findes sinaliza um passo importante para aumentar a competitividade das empresas de menor porte.
“Diminuindo a exigência de consumo das empresas no mercado livre de energia é ampliada a competitividade das empresas menores. Dessa forma, se aprovada a medida, toda a cadeia produtiva é beneficiada , inclusive, o consumidor final, que não terá os preços repassados para ele”, destaca.
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