Sucesso no Espírito Santo, fabricante inglesa de motos Royal Enfield quer vender o dobro no país em 2022
Segundo o Indicador de Atividade Econômica da Findes, no segundo semestre de 2022 o PIB do Espírito Santo avançou 3,6% com relação aos seis primeiros meses de 2021, apesar de uma pequena queda de 0,9% no segundo trimestre deste ano com relação ao trimestre anterior. Com esse resultado, a economia capixaba avança 5,2% desde o período pré-pandemia (4º trimestre de 2019), 73% acima da economia brasileira, que avançou 3,0% no mesmo período.
Na comparação do 2º trimestre de 2022 contra o mesmo trimestre do ano passado, a economia capixaba avançou 3%. O destaque vai para o setor de serviços, que corresponde a quase 60% da atividade do estado e avançou 5,9% nesse período. O agronegócio teve alta de 2,6% e a indústria uma queda de 3,5%.
Com esse resultado, a economia capixaba segue crescendo mais do que a brasileira desde o último trimestre antes da pandemia (4º trimestre de 2019).
Segundo a gerente-executiva do Observatório da Indústria, Marília Silva, existem tanto fatores que dependem da atuação do setor público e privado do Espírito Santo, quanto fatores que independem da nossa atuação.
“Olhando para dentro do estado, vemos contribuições significativas da indústria de papel e celulose e da construção, que cresceram com consistência nos últimos anos. No cenário internacional, a valorização de commodities foi responsável pelo desempenho de setores como petróleo, gás, mineração e siderurgia”, analisa Marília.
A presidente da Findes, Cris Samorini, avalia que o Espírito Santo ainda tem a economia pautada por setores que participam das cadeias produtivas globais, principalmente aqueles ligados a commodities.
“Apesar dessa concentração, enxergamos cada vez mais que o estado tem potencial de diversificar sua matriz econômica”, avalia Cris.
A indústria registrou queda de 3,5%, explicada, principalmente, pelo cenário global, como aponta a economista-chefe da Findes e gerente-executiva do Observatório da Indústria, Marília Silva:
“O segundo trimestre deste ano foi marcado pela aceleração do processo inflacionário global, seguido pelos anúncios de aumentos das taxas de juros pelos Bancos Centrais das principais economias mundiais, como instrumento de controle da alta dos preços, movimento também observado para o Brasil”, comenta.
O recuo da indústria deve-se ao desempenho da indústria extrativa (-11,9%) e de transformação (-1,5%), que tiveram resultados negativos, enquanto energia e saneamento (8,7%) e construção (5,2%) cresceram no mesmo período.
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